Rejeição à Bolsonaro bate recorde, aponta instituto

Levantamento, realizado entre os dias 3 e 7 de janeiro, registrou que 54% dos internautas consideram a gestão do presidente Jair Bolsonaro ruim ou péssima. A análise levou em conta 145 cidades brasileiras e foi feita após os incidentes de inundação que atingiram a Bahia. No mesmo período, o presidente viajou a passeio para Santa Catarina.

Na pesquisa anterior, o índice de rejeição era de 53,8% contra os 53,5% apontados na pesquisa de uma semana antes. Já os que consideram o governo bom ou ótimo diminuíram de 24,5%, duas semanas atrás, para 24,1% nesta semana.

A porcentagem dos que consideram o governo regular é de 21,9%. Os dados são da 63ª edição da Pesquisa Modalmais-AP Exata, divulgada nesta sexta-feira (7), e feita por meio de monitoramento das redes sociais.

Após as férias em Santa Catarina, Bolsonaro esteve internado, em São Paulo, por conta de uma suboclusão intestinal. Deu entrada no hospital na segunda-feira (3) e recebeu alta na quarta-feira (5). O problema foi provocado por um camarão mal digerido.

De acordo com a pesquisa, a ida ao hospital provocou forte onda de críticas na internet, diante de suspeitas de que o presidente se aproveitou da situação para gerar comoção. Além disso, a internação reforçou a ideia de que ele estava em férias no mesmo período em que a população da Bahia sofria com os estragos provocados pela inundação.

Bolsonaro e outros presidenciáveis

Conforme a pesquisa, Bolsonaro lidera as citações dos presidenciáveis nas redes sociais nos últimos cinco dias, com 57,9%. Lula, teve 25,8%, enquanto Moro ficou com 10,3% e Ciro, com 4,2%.

O relatório afirma ainda que a disputa entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva segue forte. Os dois pré-candidatos alcançaram, nos últimos cinco dias, uma média de 83,6% de todas as menções entre os presidenciáveis.

Ciro Gomes – pré-candidato pelo PDT, é o que apresenta melhor média de aprovação no Twitter, segundo a pesquisa. Na sexta-feira (7), apenas ele teve mais aprovação do que rejeição na rede social, com 53% de menções positivas.

 

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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