A pesquisa Datafolha divulgada recentemente mostra que 50% dos brasileiros não votariam em um candidato indicado por Jair Bolsonaro, que está inelegível e preso por decisão do Supremo Tribunal Federal. Apenas 26% dos entrevistados afirmaram que votariam com certeza em um nome apoiado por ele, enquanto 21% indicaram que talvez o fizessem. Flávio Bolsonaro, indicado pelo pai como pré-candidato ao Planalto, é o menos desejado, com apenas 8% de apoio. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro lidera a preferência interna, com 22%.
A rejeição também é expressiva em relação a outros nomes cogitados para 2026, mostrando que metade da população rejeita qualquer indicação de Bolsonaro. Flávio Bolsonaro demonstrou confiança na unidade da direita para as eleições, citando que a vitória começará por São Paulo. Ele ainda falou sobre a possível desistência da presidência em troca de aprovação da anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
O panorama para a direita se complica ao confrontar o desempenho de Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera todos os cenários testados para 2026. Contra Flávio, Lula ganharia com 51% a 36%. Em confronto com Tarcísio, o petista teria 47% a 42%. Eduardo Bolsonaro apresenta apenas 35% diante de 52% de Lula, evidenciando o enfraquecimento da direita bolsonarista em termos nacionais após a prisão do ex-presidente.
A pesquisa também mostrou os índices de rejeição pessoal: Jair Bolsonaro lidera com 45%, seguido por Flávio com 38%, Eduardo com 37% e Michelle com 35%. Nomes fora do núcleo familiar, como Tarcísio, Ratinho Jr., Zema e Caiado, possuem índices menores de rejeição, mas ainda insuficientes para ameaçar a liderança de Lula. No primeiro turno, o petista mantém 41% em todos os cenários, com Flávio e Eduardo obtendo 18% cada, Michelle com 24% e Tarcísio com 23%.
Realizado entre 2 e 4 de dezembro, o Datafolha entrevistou 2.002 pessoas em 113 municípios, com margem de erro de dois pontos percentuais. A pesquisa aponta um desafio para o bolsonarismo: reverter a rejeição de 50% dos eleitores que descartam previamente qualquer candidatura apoiada por Jair Bolsonaro, o que pode impactar a estratégia eleitoral da direita em 2026.




