Relacionamento à distância: dificuldades, confiança e superação

Patrícia Vieira e Emily Moreira
Todo casal possui seus próprios desafios, e com um relacionamento à distância isso não é diferente. Neste Dia dos Namorados, o Diário do Estado entrevistou dois casais que estiveram ou estão em um namoro desse tipo, para saber mais a respeito dos desafios, estabelecimento de confiança e superações.

Conexão Santos-Goiânia

Tudo começou em junho de 2016. Emily Moreira, de 24 anos, e Patrícia Vieira, de 23, se conheceram pela Internet. Na época, Emily morava em Santos-SP, enquanto Patrícia residia em Goiânia. No início, se tratava de uma amizade, até que o sentimento foi evoluindo. Cinco meses depois, elas decidiram iniciar um relacionamento à distância.

“O processo foi desafiador, porém de certa forma tranquilo, já que mantínhamos uma boa relação de amizade”, discorre Emily. A cada seis meses, as duas combinavam de se ver.

O sistema seguiu assim até que decidiram morar juntas, a partir de um pedido de casamento em dezembro de 2017. “A decisão não foi difícil, já que a gente não aguentava mais ficar longe uma da outra e sabíamos que queríamos ficar juntas de uma vez por todas, sem todo o desgaste que a saudade traz”, explica.

Antes de ficarem juntas de forma presencial, o casal passou por várias tribulações. “Há em alguns momentos aquele ciúme e insegurança, porque você não está ali com a pessoa, além do sentimento de saudades. Mas, o fundamental foi a nossa evolução por meio de conversas sinceras sobre o que estávamos sentindo na época”, acrescenta.

Hoje, Emily e Patrícia moram juntas em Goiânia, após a paulista se mudar para a capital goiana em fevereiro de 2018. Desde então, já são quatro anos de relacionamento presencial.

Conexão Goiânia-Flores

Bruna Soares e Pedro Henrique
Bruna Soares e Pedro Henrique (Foto: Arquivo pessoal)

Bruna Soares e Pedro Henrique se conhecem há bastante tempo. O jovem de 24 anos nutria, e continua nutrindo, uma forte amizade com o irmão de sua namorada. Com o tempo, Pedro e Bruna também se aproximaram, até que o namoro despontou em setembro de 2021.

“No início do relacionamento era presencial, mas eu recebi uma proposta de emprego em outra cidade e resolvi aceitar. Foi desafiador, porque a gente se via praticamente todos os dias antes disso”, descreve Bruna.

A cidade a que ela se refere é Flores de Goiás, no nordeste do estado. Aos 26 anos, a engenheira ambiental e sanitarista afirma que Pedro sempre a incentivou profissionalmente e que a confiança e o companheirismo foram fundamentais para que desse certo.

O estudante de Engenharia Civil continua morando em Goiânia. “Inicialmente, eu estava me deslocando até a cidade dela. Passava períodos longos, de até 45 dias. Entretanto, os planos mudaram e acabou que não consigo ir mais. Agora, é ela quem vem uma vez por mês no mínimo”, diz Pedro.

De acordo com Bruna, o casal tenta minimizar o relacionamento à distância passando o tempo livre juntos, mesmo que de modo remoto. Neste caso, assistindo séries simultaneamente, jogando videogame e até mesmo entregando mimos um para o outro de vez em quando.

Dificuldades do relacionamento à distância

Tanto para Emily e Patrícia quanto para Bruna e Pedro, o segredo para qualquer relacionamento à distância é a confiança. “Todo dia é um desafio que você em parte lida com a outra pessoa, mas ao mesmo tempo sozinha”, opina Emily.

Apesar disso, é possível fazer funcionar. “As dificuldades no começo foram maiores, mas hoje já aprendemos a lidar com a situação e nos adequamos. […] Os planos do futuro são de ela voltar para sua cidade de origem, e superarmos essas dificuldades. Caso isso não aconteça, é tentar flexibilizar um pouco meu lado também, para poder estar presente na cidade em que ela mora”, finaliza Pedro.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp