Relatório de CPI recomenda suspensão e nova licitação em Pouso Alegre (MG)

Relatório de CPI que apura suspeita de fraude em contrato público recomenda suspensão de pagamentos e abertura de nova licitação em MG

Relatório final foi apresentado nesta quinta-feira (19) na Câmara Municipal. Ministério Público investiga a suspeita contratação direta ilegal e de fraude em contrato público na Prefeitura de Pouso Alegre (MG).

Relatório de CPI recomenda suspensão dos pagamentos e nova licitação em Pouso Alegre

Foi apresentado no fim da tarde desta quinta-feira (19) o relatório final da CPI que apura a suspeita de contratação direta ilegal e fraude em contrato público na Prefeitura de Pouso Alegre (MG).

A Comissão Parlamentar de Inquérito recomendou que seja feita uma nova licitação do processo de manutenção predial da Secretaria de Educação, com a suspensão do pagamento das parcelas restantes. Ainda de acordo com informações apuradas pela EPTV, afiliada Globo, é recomendado também que seja feita uma auditoria para apurar o processo licitatório e a execução da manutenção dos prédios.

A leitura do relatório final foi transmitida online pela Câmara. Em entrevista para a EPTV, o relator Igor Tavares, do PSD, informou que ainda não é possível apontar quem são os funcionários responsáveis pelo suposto desvio de dinheiro. O relator indicou que seja feito um reforço na equipe de fiscalização dos processos licitatórios e das obras executadas com dinheiro público. O relatório da CPI será entregue à Prefeitura de Pouso Alegre e ao Ministério Público, que apura três contratos firmados entre a administração pública e a empresa Engetech. A Prefeitura de Pouso Alegre informou que ainda não recebeu o relatório final e só irá se manifestar após recebê-lo oficialmente.

A EPTV procurou a empresa citada pelo relator, mas ainda não obteve retorno.

Em outubro deste ano, o Ministério Público deflagrou uma operação para investigar a suspeita contratação direta ilegal e de fraude em contrato público na Prefeitura de Pouso Alegre (MG). A Operação Segunda Demão cumpriu 13 mandados de busca e apreensão em cidades de Minas Gerais e São Paulo. As investigações do MP indicam que a empresa responsável pelos projetos de engenharia civil na prefeitura teria incluído itens com valores maiores ao razoável (sobrepreço) e em quantitativos desnecessários (superfaturamento) nos editais de licitação. Três contratos estão sob investigação, envolvendo a manutenção predial nas Secretarias de Saúde e Educação, a reforma do Casarão dos Junqueiras, e a construção de um muro na escola Irmão Dino Girardelli. Em um dos contratos, referente à reforma do Casarão, o MP recomendou à prefeitura a suspensão.

O MP afirma que os indícios e provas já obtidas indicam que a empresa responsável pelos projetos de engenharia civil seria responsável por supostamente inserir nos editais de licitação itens com valores superiores ao razoável (sobrepreço) e/ou em quantitativos desnecessários (superfaturamento). Conforme o MP, a empresa contratada lançaria, em tese, quantidades e itens irreais nas medições de seus serviços, o que permitia que recebesse além do efetivamente necessário. Os contratos investigados são: Contrato nº 89/2023 (pregão eletrônico nº 12/2023) para manutenção predial nas Secretarias de Saúde e Educação; Contrato nº 99/2024 (dispensa nº 04/2024) para reforma da cobertura do “Casarão dos Junqueiras”; Contrato nº 163/2024 (dispensa nº 11/2024) para construção de muro (gradil) na escola Irmão Dino Girardelli.

“No contrato alusivo à reforma do Casarão dos Junqueiras, o que chamou a atenção do Ministério Público, foram os valores empregados na ordem de R$ 500 mil, a estrutura metálica de cobertura, e de R$ 319 mil para fins da sua remoção. Os valores unitários também, por exemplo, da telha utilizada para a sua cobertura também chamou bastante atenção. Além disso, os valores para a construção de um muro tipo gradil na escola do bairro Buritis também é objeto de questionamento pelo Ministério Público, será obviamente apurado”, disse o promotor.

De acordo com o MP, até o momento, a estimativa de dano ao erário pode superar R$ 1 milhão. São investigadas contratação direta ilegal (sem licitação) e fraude em contrato público. Se comprovados os crimes, a pena pode ser de até quatro anos de prisão. As investigações continuam.

Documentos do Ministério Público revelam novas informações sobre a operação. Uma delas é a quebra dos sigilos bancários envolvendo nomes ligados à duas empresas que indicam transações que podem ter servido de passagem para dinheiro produto de crimes contra a administração e a economia formal, e pede ainda a continuidade da investigação de lavagem de dinheiro. O valor total das transferências ultrapassa R$ 1,2 milhão. O documento aponta algumas delas: valores para uma empresa ligada a duas investigadas, somando quase R$ 98 mil; para o marido de uma dessas investigadas no valor de R$ 3,5 mil, feita no mesmo dia da assinatura do contrato da reforma do Casarão dos Junqueiras, no dia 1º de março de 2024; além de transferências feitas para sócios ocultos de uma das empresas, possíveis prestadores de serviço e para um assessor parlamentar.

O documento ainda pede informações a uma empresa de automóveis sobre a venda de um veículo para uma das empresas investigada no caso.

Além disso, foi pedido para a Secretaria de Saúde a planta baixa de unidades do município, como o Pronto Atendimento do Bairro São João, o Núcleo de Emergência, a Policlínica do São Geraldo, o UBS Pantano e o UBS São Geraldo.

Na época, a Prefeitura de Pouso Alegre informou por meio de nota que tomou conhecimento da operação e tem cooperado com as autoridades. Segundo a gestão municipal, foram fornecidos documentos e acatado a recomendação proposta pelo órgão ministerial. “A prefeitura esclarece que, desde 28 de agosto de 2024, conduz uma investigação interna para apurar possíveis irregularidades e, ao final das apurações, implementar medidas corretivas necessárias”, disse a nota. Ainda conforme a prefeitura, nenhum departamento do município foi alvo de busca e apreensão durante a operação deflagrada nesta segunda-feira (21).

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Policial reformado atira em vizinho em Contagem, MG: Vítima se ajoelhou antes de ser baleada. Caso choca a comunidade.

Policial reformado atira em vizinho na Grande BH; Vítima se ajoelhou antes de ser baleada
Um vídeo chocante flagrou o momento em que um policial militar reformado, de 77 anos, atira no rosto de um vizinho de 61 anos, na cidade de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. As imagens das câmeras de segurança mostram a vítima se ajoelhando diante do agressor, levantando as mãos em rendição, antes de ser brutalmente baleada. O crime ocorreu no bairro Novo Riacho e foi registrado na última segunda-feira. Um caso de violência que chocou toda a comunidade e resultou na prisão do suspeito.

Segundo o boletim de ocorrência, o policial reformado foi encontrado com uma arma de fogo na cintura. Alegou às autoridades que disparou contra o vizinho após uma discussão motivada por algo que o incomodava. A vítima foi atingida na região ocular e precisou ser levada às pressas para um hospital de Contagem. A família informou que o idoso está em estado estável, mas ainda corre risco de morte. Um ato de violência inaceitável que deixou a todos consternados.

Os familiares da vítima afirmaram que o suspeito costumava andar armado e ameaçar outras pessoas na região. De acordo com relatos, ele teria ordenado que o vizinho se ajoelhasse antes de efetuar os disparos, demonstrando uma crueldade sem precedentes. A polícia apreendeu a arma de fogo utilizada no crime e conduziu o agressor para uma delegacia local. A prisão em flagrante foi ratificada pela Polícia Civil, que investiga o caso como tentativa de homicídio qualificado, considerando a idade avançada da vítima.

O incidente em Contagem reforça a importância de medidas eficazes para prevenir a violência e garantir a segurança de todos os cidadãos. A comunidade local clama por justiça e repudia qualquer ato de violência que coloque em risco a vida de inocentes. É fundamental que casos como esse sejam tratados com rigor pelas autoridades competentes, assegurando que a lei seja cumprida e que os responsáveis sejam responsabilizados por seus atos. A busca por um convívio pacífico e harmonioso deve ser um compromisso de toda a sociedade. O Diário do Estado continuará acompanhando de perto o desdobramento desse triste episódio e levando informações atualizadas à população.

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