Um relatório recente do Ministério da Justiça e Segurança Pública revelou uma aliança inédita entre as duas maiores facções criminosas do Brasil: o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV). Essa parceria, articulada por membros do alto escalão das duas organizações, tem como objetivo fortalecer os grupos criminosos, principalmente para pleitear demandas dos chefes presos no sistema penitenciário federal.
A trégua, que já está em vigor nas ruas, foi assinada pelos líderes das facções, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, do PCC, e Marcinho VP, do CV, ambos detidos em presídios de segurança máxima. O acordo visa interromper os assassinatos entre os membros das duas facções em todo o Brasil.
Segundo o relatório, essa aliança pode agravar o tráfico de drogas na região amazônica, aumentando a pressão sobre as forças de segurança. As rotas de tráfico de cocaína provenientes de Colômbia, Bolívia e Peru, que atravessam a região amazônica, devem ser fortalecidas com essa parceria.
O secretário de Segurança Pública do Amazonas, Marcus Vinícius Oliveira de Almeida, expressou preocupação com as consequências dessa aliança, afirmando que ela terá reflexos negativos para a população no curto prazo. A investigação sobre o acordo inclui mensagens de texto e gravações que confirmam a aliança entre as facções.
O promotor Lincoln Gakiya, especializado em investigar o PCC, destacou que essa união pode levar a um incremento no tráfico internacional de cocaína e no tráfico de armas para o Brasil.