“Novamente vemos um episódio de irresponsabilidade da prefeitura em não acreditar nos avisos feitos. A secretária desconsiderou a informação, esgotaram os prazos, sendo omissa”
O vereador Elias Vaz (PSB), relator da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Saúde da Câmara Municipal de Goiânia, adiantou nesta quinta-feira (10), que uma das sugestões do relatório final será pelo afastamento da secretária municipal de Saúde, Fátima Mrué.
O parecer pode ser apresentado na próxima segunda-feira (14), e votado na segunda-feira seguinte (21). A declaração vem um dia após o Ministério da Saúde ter suspendido recursos para o Samu de Goiânia por irregularidades. “Essa medida é mais uma demonstração da péssima gestão. O prefeito insiste em manter essa secretária. Isso é um absurdo. Essa gestão está afundando a Saúde em Goiânia”, disse.
De acordo com o relator, a responsabilização do prefeito Iris Rezende pela omissão diante dos fatos será estudada. Já a vereadora Dra. Cristina Lopes (PSDB), integrante da Comissão, também criticou a atual gestão. “Novamente vemos um episódio de irresponsabilidade da prefeitura em não acreditar nos avisos feitos. A secretária desconsiderou a informação, esgotaram os prazos, sendo omissa”, afirmou. A SMS disse em nota que “a atual administração trabalha para corrigir as pendências e se adequar aos critérios do Ministério da Saúde para receber o recurso novamente”, destaca.
Recursos
Os recursos que foram suspendidos são monitorados por técnicos do Ministério da Saúde que avaliam se os serviços prestados pelas cidades estão sendo bem desenvolvidos. Se a política está sendo bem empregada, a União incrementa o valor dos recursos. Caso contrário, ela suspende o envio. Foi o que ocorreu com Goiânia. Em março, técnicos do governo federal avaliaram que as bases do Samu estavam sucateadas e veículos em péssimo estado.
A equipe monitorou todas as bases que estão dentro do município, que hoje são 13 unidades de suporte básico e quatro unidades de suporte avançado. Com a publicação da portaria, Goiânia será punida com a suspensão de R$ 250 mil por mês, que eram enviados para os serviços de urgência e emergência pré-hospitalar móvel.