O preço dos medicamentos em Goiás devem ficar mais caros em comparação ao reajuste autorizado pelo governo federal em vigor a partir desta sexta-feira, 31. A estimativa é de valores até 7% mais altos, de acordo com o Sindicato dos Farmacêuticos de Goiás (Sinfargo). Em todo o País, a elevação sobre os remédios deve se limitar a 5,6%, mas outras variáveis impactam na conta feita pelo setor no estado.
De acordo com o presidente da entidade, Fábio Basílio, todos os tipos de remédios passam pela atualização da tabela. As drogas de uso contínuo, como aquelas para regulação da pressão arterial ou para diabetes, podem ter menor reajuste. A alta tende se voltar para vitaminas e para os chamados Medicamentos Isentos de Prescrição (MIP), que não necessitam de receita médica para que sejam vendidos nas farmácias.
“[O aumento de preço] leva em conta o IPCA, entre outros fatores. Eu acredito que em torno seja em torno de 7%, pois a inflação da saúde é sempre maior que o IPCA. Se esse indicador fechar em torno de 6%, os medicamentos devem ficar até 7% mais caros. Além disso, há aumento de salários dos trabalhadores, matérias primas dos remédios etc.”, esclarece.
Nesta semana, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) reviu a projeção de inflação sobre bens e serviços. O indicador subiu de 5,6% para 8,2% de meta projetada para 2023. A atualização foi motivada por encarecimento da educação, reoneração dos combustíveis e aumento dos preços dos planos de saúde em junho e em fevereiro deste ano. A última década registrou elevação de 76,8%, conforme dados do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos.
Os ajustes de preço dos remédios foram publicados no Diário Oficial da União (DOU) e prevê a necessidade de as empresas varejistas publicarem e divulgarem lista com valores atualizados. O teto não pode superar o previsto pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) no Portal da Anvisa.