Remédios vão sofrer reajuste e preços podem subir 5,6% em abril

Remédios vão sofrer reajuste e preços podem subir 5,6% em abril

Os preços dos remédios devem subir a partir do mês de abril. Isso porque os medicamentos vão passar por um reajuste nesta semana e podem chegar a um aumento de 5,6%. A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vão se reunir na próxima sexta-feira, 31, para resolver a situação.

A alta dos remédios no Brasil

O Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) divulgou nesta segunda-feira, 27, um levantamento apontando o reajuste. O cálculo toma como base a inflação no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) até fevereiro deste ano. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação acumulada entre fevereiro e março é de 5,60%.

A pandemia da Covid-19 e a Guerra na Ucrânia foram dois eventos que marcaram negativamente a distribuição de remédios no mundo todo. Nos estados de Amazonas, Bahia, Paraná, Pará, Piauí, Roraima e Sergipe, o reajuste de abril será o segundo do ano, enquanto nos demais será a primeira vez em 2023.

De 2012 a 2022, a inflação geral (IPCA) somou 90,24% ante uma variação de preços dos remédios de 76,79% “Os medicamentos têm um dos mais previsíveis e estáveis comportamentos de preço da economia brasileira”, pontua o presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp