Como é a reformulação promovida por Arthur Elias para trabalhar novas joias da Seleção sem pressa

Brasil enfrenta o Japão nesta segunda, em Bragança Paulista, em amistoso preparatório para Copa América Feminina; primeira partida foi 3 a 1 para Seleção

Aos 41 min do 1º tempo – Gol do Brasil! Dudinha marca o segundo e amplia o placar! [https://s01.video.glbimg.com/x240/13644140.jpg]

Aos 41 min do 1º tempo – Gol do Brasil! Dudinha marca o segundo e amplia o placar!

O amistoso da última sexta-feira contra o Japão, na Neo Química Arena, teve uma seleção brasileira titular com média de idade próxima aos 24 anos, em que a jogadora mais experiente tinha 28. A equipe mais jovem em campo não é coincidência. É, sim, uma reformulação planejada pelo técnico Arthur Elias.

– O processo de ter uma base é natural, mas tem a renovação que vamos fazendo. Trazemos jogadoras com perspectiva lá para frente, são dois processos que vão andando paralelamente. Se investirmos em só uma coisa, de repente, pode faltar – disse Arthur Elias.

– As 11 titulares neste primeiro jogo tinham uma média de idade de 24 anos, se não estou enganado, e é mais nova que a seleção japonesa. Fico muito orgulhoso e tenho um prazer enorme de dar essa oportunidade para quem merece.

Não é de agora que isso acontece. O rejuvenescimento da seleção brasileira começou com a chegada de Pia Sundhage, que viu de perto a aposentadoria da Formiga e escolheu deixar Cristiane fora de competições.

A treinadora caminhou em parceria com as Seleções femininas de base, comandadas naquele momento por Jonas Urias e Simone Jatobá, e assim conseguiu fazer uma transição de maneira mais adequada.

– Da minha primeira convocação, consegui entender que precisava ser menos explosiva e amadurecer. A Seleção Sub-20, com o Jonas Urias, também foi importante demais nesse trabalho – contou Tarciane, jogadora de 22 anos.

A criação da base, mesmo que natural, permite que o Brasil consiga apostar em joias para suas convocações, sejam elas preparatórias ou competições oficiais. A primeira partida contra o Japão só reforçou esse trabalho.

Dudinha, de 19 anos, foi o grande destaque da seleção brasileira na vitória por 3 a 1 contra a seleção japonesa. A jogadora do São Paulo marcou dois gols. Essa foi a terceira convocação dela, que entrou como titular pela primeira vez.

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– Importante é saber o momento de colocar cada uma e não é somente colocar, mas preparar cada jogadora para conseguir aproveitar as chances que tem aqui na seleção brasileira – revelou Arthur.

Para essa convocação, Arthur Elias chamou outra joia para testar durante seus treinamentos e, quem sabe, até mesmo durante essa segunda partida. Jhonson, do Corinthians, foi escolhida pelo treinador para estar presente nos amistosos.

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Em resposta ao ge, o treinador comentou outros nomes que já passaram pela seleção brasileira ao longo desses testes. Arthur falou sobre Lauren, que atualmente está no Atlético de Madrid, e ficou fora desta lista para os amistosos.

Arthur Elias já teve trabalhos importantes com atletas mais novas no seu tempo com o Corinthians e conseguiu sucesso. A zagueira Tarciane é um grande exemplo deste trabalho, e se tornou uma das maiores vendas do Timão.

Com calma e em pequenos passos, o treinador tem espaço para lapidar as joias que caem em sua mão e sabe como fazer isso. Além dele, as jogadoras são peças importantes nessa transição da Seleção de base para a principal.

– Essas meninas estão aqui pelo desempenho que tem no clube. Tentamos dar confiança para não se sentirem presas e desenvolverem o jogo delas no nosso sistema. A equipe tem feito isso muito bem, entendem rápido e conseguem desenvolver da melhor forma – compartilhou Angelina.

O Brasil enfrenta novamente o Japão nesta segunda, às 20h, no Estádio Cicero de Souza Marques, em Bragança Paulista.