Repaginadas, quitinetes ganham novo nome e viram tendência em Goiânia

O mercado de imóveis está aquecido e os canteiros de obras espalhados pela cidade provam isso. No estado em que o agronegócio e o turismo de saúde são fortes, os flats e as quitinetes vêm ganhando espaço nos empreendimentos. A aposta dos compradores é tornar a novidade um sucesso, principalmente entre quem está na cidade a trabalho ou para passar por procedimentos médicos.

Uma das explicações para os flats estarem se tornando atrativos é a comodidade de reunir a “cara” de uma casa em um local um pouco maior do que um quarto de hotel. A prestação de serviços essenciais mesmo durante a pandemia acendeu o alerta para essa mudança de configuração no jeito de se acomodar. 

“A vinda de grandes empresas para o centro do País exige mais locais disponíveis para que tantos profissionais se acomodem. Temos uma grande demanda por imóveis e a procura por uma suíte em Goiânia é muito alta. O flat é uma opção bastante interessante”, explica  o corretor de imóveis da Adão Imóveis, Nelson Gonçalves. 

De acordo o profissional, a oferta está em ascensão e os diferenciais começam a aparecer entre eles. Piscina surge como um atrativo, embora a metragem seja bastante compacta. A procura por um desses exemplares está tão aquecida que o profissional afirma que a maioria das unidades são vendidas ou no pré-lançamento ou no lançamento.

“Uma incorporadora da cidade apresentou recentemente um dado chamativo: cerca de 1,5 mil flats foram vendidos em pouco tempo. Muita gente quer adquirir um desses para investir. Ainda não há um público específico. São pessoas que querem aguardar a valorização do imóvel, garantir renda futura com locação, ter uma moradia de suporte, caso precise. Eles são vendidos, geralmente, na planta e podem valorizar de 20% a 50% nos três anos até ser construído”, afirma.

O preço começa em R$320 mil, segundo Nelson. A variação depende da construtora, da região, altura e posição solar. A região da Serrinha, em Goiânia, tem se tornado um reduto desse tipo de construção que não teria concorrentes na área. “A estimativa é de 1% a 1,5% de ganho no imóvel. Se tirar gasto de decoração e financiamento, tem um cálculo de 0,7% a 0,9% de lucro. O apartamento quando lançado já se paga no financiamento“, explica.

O aluguel de flats também está sendo muito procurado e o mercado acompanhou a necessidade. Uma busca rápida na internet apresenta uma série de opções em diversas regiões da cidade. A antiga quitinete aparece remodelada, mobiliada e ainda oferece serviços como lavanderia, academia e espaço para festas a partir de R$1,5 mensais.

No caso do administrador Vinícius Lodi, a ideia ao adquirir um flat ou uma quitinete em março deste ano foi garantir um dinheirinho extra futuramente. Ele já tem uma casa própria e viu na opção uma forma de se antecipar ao que acredita ser uma tendência na capital. “Acho que pelo perfil de solteiros na cidade, a quantidade de faculdades e fluxo de pessoas de cidades vizinhas, esse modelo vai se tornar um sucesso. Atualmente, a quantidade de imóveis com esse perfil menor não atende a demanda”, diz.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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