Na última quarta-feira, 29, durante a entrevista coletiva do presidente do Atlético-GO, Adson Batista, após o empate do time goiano com o Goianésia pelo Campeonato Goiano, um incidente polêmico ocorreu. A repórter Nathália Freitas, da TV Globo e Rádio CBN, questionou Adson sobre uma possível saída do jogador Shaylon.
Adson evitou responder diretamente à pergunta e, em vez disso, perguntou a Nathália quem ela achava que teve uma boa atuação na partida. A jornalista respondeu que o jogador Alê se destacou no confronto. Em seguida, Adson fez um comentário que gerou controvérsia: sugeriu que Nathália teria feito essa escolha por considerar o atleta bonitinho.
Visivelmente incomodada, Nathália manteve o profissionalismo e rechaçou a insinuação. “Aí eu não vou aceitar, porque eu sou profissional e acho que você fez essa brincadeira porque eu sou mulher e isso acaba afetando o meu profissionalismo.”
Adson tentou minimizar a situação, justificando que a frase foi dita em tom de brincadeira e que ele teria liberdade para tal comentário com a jornalista. No entanto, Nathália demonstrou seu desconforto com a situação, reforçando que não havia achado a declaração apropriada.
Adson, então, pediu desculpas, mas acrescentou: sem barraco. Além disso, afirmou que a repórter estava se vitimizando. Diante do tom da conversa, Nathália decidiu se retirar da coletiva, mostrando seu descontentamento com o comentário machista.
Em nota, divulgada nas redes sociais, Adson Batista pediu desculpas pelo comentário feito e disse que a intenção dele não foi “foi ofender ou desrespeitar” a jornalista, a qual considera “uma profissional de muito bom nível”.
“Entendo que, em situações como essa, o humor pode ser mal interpretado, e lamento profundamente se a brincadeira a fez se sentir desconfortável. Tenho contato profissional com você há quase 10 anos. Sempre tive grande respeito pelo seu trabalho e pela pessoa que é! Quero que saiba que a intenção nunca foi de causar qualquer tipo de constrangimento, mesmo porque a minha postura não foi de te ofender ou diminuir. “, informou o presidente do time goiano.
Jogo empatado
Em oitavo lugar na tabela do Campeonato Goiano, o Atlético-GO enfrentou nesta quarta-feira, 29, o Goianésia e empatou de 0 a 0, no Estácio Antônio Accioly. Até o momento, o time venceu apenas um jogo e empatou em outros três.
Na terceira atuação em casa, o time se mostrou superior ao Goianésia e criou boas chances de abrir o placar inicial, mas isso não aconteceu. Durante o jogo era possível ouvir gritos da torcida pedindo para que o goleiro desistisse de jogar com os pés e se posicionasse mais adiantando.
No entanto, o time pareceu medir os esforço e deixou as chances de abrir o placar irem embora. A saída do Atlético-GO do Estádio foi marcada por vaias da torcida, que pediu melhoras no time.
Durante a entrevista coletiva, Adson Batista criticou o desempenho dos jogadores e disse que se sente envergonhado. “Eu não tenho nem explicação. Esse time não é ruim desse tanto. É desesperador ver o Atlético-GO jogar nesse nível. Não entendo esses jogadores de hoje. Parece que perde um jogo e perde a confiança. Não dá conta de dar um passe de dois metros. É uma lentidão, uma passividade.”, disse.
O presidente ainda afirmou que não irá aceitar que o time jogue novamente desse jeito e que caso o jogador queira sair, “vai sair”. “Eu não sou idiota. Às vezes o cara tá fazendo isso para sair. É um absurdo o que vi aqui hoje. Vi um segundo tempo horrível. Não é jogo de futebol profissional. Tudo errado.”, completou o dirigente.
