Representantes de Lula acionam TSE contra sabatinas da TV Record

A campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou uma representação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a TV Record. Na ação, os representantes do candidato ao Planalto afirmam que houve um desfavorecimento por conta da data estabelecida para a realização da sabatina com o petista.

O documento foi enviado à Justiça Eleitoral na última terça-feira, 6. No texto, os representantes de Lula “solicitam que o TSE determine a realização de sorteio prévio e a imposição de multa em caso de descumprimento”.

A campanha alega que a emissora decidiu não adotar o sorteio como regra para escolher a ordem dos candidatos que participarão das sabatinas programadas para ocorrer entre os dias 23 e 28 de setembro. Além disso, afirmam que Record teria “alocado o petista em um dia de menor audiência”.

A emissora estabeleceu como critério a posição dos presidenciáveis nas pesquisas. Lula, que lidera os levantamentos, vai abrir as entrevistas na sexta-feira, 23. Já Bolsonaro, será sabatinado na segunda-feira, 26.

“Se valendo de argumento próprio, o canal de televisão decidiu começar pelo primeiro colocado nas pesquisas, Lula, depois o segundo, e assim sucessivamente. Acontece que a primeira entrevista foi agendada para ir ao ar numa sexta-feira, dia de menor audiência, enquanto a segunda entrevista está planejada para uma segunda-feira, quando tradicionalmente há uma maior audiência do jornal. Além disso, pela lógica, o último entrevistado terá o privilégio de falar ao eleitorado mais próximo do dia da eleição”, informa a campanha.

Insatisfeitos com a data das transmissões, os representantes do candidato afirmam terem tentado contato com o canal de televisão pedindo a realização de sorteio, no entanto, o pedido foi negado.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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