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Resistência à vacina faz aumentar internação de crianças por covid em 60,5%

Última atualização 15/12/2022 | 17:29

O número de crianças internadas por covid aumentou 60,5% entre os pequenos com até 9 anos de idade neste ano comparado a 2021. Entre as menores, de 0 a 4 anos de idade, o aumento foi de 57,8%, e no grupo de 5 a 9 anos de idade, chegou a 71%. Os números são da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO). A explicação seria as novas variantes em circulação, a resistência das famílias em vacinar os pequenos, a dificuldade em aderir ao hábito de higienização das mãos e uso de máscaras, além de maior circulação após fim das restrições sanitárias.

“Apesar de o número absoluto não ser tão assustador, o aumento mesmo proporcionalmente chama bastante atenção. As pessoas voltaram a circular normalmente e isso aumenta as chances de transmissão do coronavírus. As crianças estão menos vacinadas, menos protegidas, e talvez o número de internação também seja por esse motivo”, explica.

Segundo ele, as estatísticas mostram que, embora não impeça a doença, a cobertura vacinal contra covid pode ajudar a evitar casos graves. Apesar de a situação ser preocupante entre as crianças, no público adulto e idoso o aumento de casos fez a  Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) emitir um alerta pedindo à população que atualize o esquema vacinal. A preocupação é com o avanço da doença e o surgimento de uma nova variante no Brasil, a BQ.1. Desde o início da pandemia, mais de 79 mil crianças goianas foram infectadas, de acordo com a SES-GO.

 

Fonte: SES Goiás

 

Conforme balanço da pasta, apenas 12,07% das crianças de 3 e 4 anos receberam a segunda dose contra a covid. Desde o fim de novembro, a vacinação contra a covid está disponível para bebês de seis meses a menores de três  anos com comorbidades. O imunizante para este público é o da Pfizer-BioNTech Comirnaty, popularmente chamado no Brasil de Pfizer Baby. 

Uma pesquisa preliminar feita pela pasta aponta que a maior parte dos pais confia nas vacinas, mas teme levar os filhos para tomar as doses contra a doença por receio de reações adversas, de ver o filho sofrendo com a picada da agulha e alguns alegaram terem sido orientados por profissionais de saúde a não imunizar as crianças.