Restaurado, teatro de Pirenópolis é entregue ao Governo de Goiás

Com restauração geral de estruturas, o Theatro Sebastião Pompeu de Pina, de Pirenópolis, foi entregue pelo IPHAN ao Governo de Goiás neste sábado (25/11), em solenidade com apresentações artísticas da cultura local e presença de autoridades. O espaço, agora sob a administração da Secretaria da Retomada, receberá um investimento de R$ 1,16 milhão para a instalação de sistemas de áudio, vídeo de última geração, geradores e um estúdio de gravação.

Representando o governador Ronaldo Caiado, o secretário da Retomada César Moura contou que o teatro vai abrigar uma unidade de Desenvolvimento Econômico e Promoção das Artes e Economia Criativa, integrada ao Colégio Tecnológico do Estado de Goiás (Cotec). “Vamos ter aulas, apresentações dos alunos, porque queremos isso aqui vivo”, destacou.

O secretário lembrou da visita que fez ao teatro junto do governador, em 2020, quando a obra do IPHAN estava parada. O chefe do Executivo pediu andamento ao governo federal. “Deu certo e agora temos pressa de entregar o teatro para a cidade. Todos os equipamentos já foram adquiridos e em menos de um mês os moradores terão o teatro de volta”, garantiu César Moura.

Construído em 1901, o Teatro de Pirenópolis foi restaurado respeitando a arquitetura e estrutura originais. A obra total custou R$ 5,1 milhões. “Quero agradecer ao governador, em nome do César Moura aqui presente, e também à secretária da Cultura Yara Nunes pela parceria. Goiás é um estado forte, que tem uma cultura pujante e é muito importante para nós”, afirmou o presidente do IPHAN, Leandro Grass.

O evento de entrega da obra marca o início de uma nova era para o Teatro de Pirenópolis, que promete impulsionar a cultura, a arte e a economia criativa na região, mantendo viva a chama da história e da excelência artística. “No ano passado, nós recebemos mais de 1 milhão de turistas em Pirenópolis. Queremos trazer eventos todo fim de semana e que a nossa população possa apresentar nossa cultura. Isso é fomento também à economia”, pontuou o prefeito da cidade, Nivaldo Melo.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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