Restaurante Popular de Florianópolis é fechado: DPE/SC entra com ação para reabertura

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O Restaurante Popular de Florianópolis, que era o primeiro do g1, foi fechado na última sexta-feira (22) após dois anos de funcionamento. Inaugurado em julho de 2022, o local oferecia café da manhã, almoço e jantar para pessoas em situação de vulnerabilidade social. Nesta segunda-feira (24), os usuários do serviço que tentaram acessar o restaurante se depararam com as portas fechadas, conforme reportado por Tiago Ghizoni/ NSC.

Diante dessa situação preocupante, a Defensoria Pública de Santa Catarina (DPE/SC) ajuizou uma Ação Civil Pública (ACP) para garantir o funcionamento contínuo do espaço. A Justiça concedeu um prazo de 72 horas para que o município se pronuncie sobre a questão, sendo este prazo encerrado nesta segunda-feira.

De acordo com a prefeitura, o restaurante será reaberto em uma data a ser definida, porém apenas para famílias devidamente cadastradas, trabalhadores e estudantes. As pessoas em situação de rua que antes se beneficiavam do restaurante estão sendo realocadas para a Passarela da Cidadania, localizada no centro da cidade.

O anúncio do encerramento das atividades do restaurante foi feito pela prefeitura no início deste mês. Até o momento, não foram divulgadas informações sobre como serão realizados os atendimentos durante esse período de transição, nem há um cronograma para a retomada do serviço. O local, que tinha capacidade para produzir até 2 mil refeições diariamente, era considerado um importante mecanismo de combate à fome na cidade.

Entidades como a DPE catarinense e o Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional de Santa Catarina (Consea) manifestaram preocupação com o fechamento do restaurante, ressaltando a importância do acesso à alimentação adequada para a população mais vulnerável. Movimentos sociais ligados aos moradores de rua realizaram um ato em frente ao restaurante em protesto contra essa decisão.

Segundo a Consea, o Restaurante Popular de Florianópolis era o único local onde muitas pessoas conseguiam ter acesso a refeições saudáveis e nutritivas, contendo verduras, carnes e saladas. O fechamento do restaurante representa não apenas um retrocesso social, mas também coloca em risco o direito básico à alimentação de indivíduos que já vivem em condições precárias. É fundamental que sejam encontradas alternativas viáveis para suprir essa lacuna deixada pelo encerramento das atividades do restaurante mantendo a qualidade e a segurança alimentar da população necessitada.

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