Retorno às atividades reaquece mercado de cuidadores de pets em Goiás

Retorno às atividades profissionais reaquece mercado de cuidadores de pets em Goiás

Um bichinho em casa muda a vida do ser humano. A companhia e afeto gerados pela presença deles fez o número de pets subir 30% nos lares brasileiros no ano passado, segundo pesquisa de uma comissão ligada ao Sindicato da Indústria Veterinária. Porém, o retorno às atividades presenciais e a retomada das viagens se tornou um problema para alguns adotantes.  Uma das soluções foi contratar profissionais especializados para cuidar do animal.

A profissão de pet sitter e dog walker ganhou espaço após o período mais crítico da pandemia. Atuando na área há dez anos, Tatiana Eduarda Batista tem muitas histórias na bagagem. Ela diz que a forma como as pessoas enxergam o animal mudou bastante nesse período porque passaram a considerá-lo membros da família. Justamente por isso, os cuidados não se restringem a cães e gatos, mas se estendem a peixes, hamsters e até plantas.

“Quem me contrata não consegue oferecer a atenção demandada pelo pet seja o cuidado com o ambiente ou com o bichinho. Muitos animais não conseguem fazer as necessidades na residência e o tutor não está presente para levar até a rua ou precisam descarregar a energia caminhando. Aí entra o pet sitter, que pode desempenhar a função de dog walker”, diz ressaltando a diferença entre ambas no fato de uma levar o pet para passear enquanto a outra se limita ao zelo com o animal.

Um pacote para uma semana com o animal com ambas as atuações custa de R$35 a R$40 por dia, mas os planos variam conforme a necessidade do cliente e podem ter de uma a uma hora e meia de duração. O valor inclui a limpeza do ambiente onde o pet fica, oferecimento de refeições e água, passeio e brincadeiras. O serviço, comum nos Estados Unidos, enfrenta uma barreira em solo brasileiro: a segurança. 

Para assistir o animal enquanto o tutor está em viagem ou trabalhando, o profissional precisa entrar na casa ou apartamento, ou seja, é necessário confiar na índole do especialista. O veterinário Cesmar Sotkeviciene orienta os tutores a se atentarem ao comportamento do profissional em si e dele com o animal antes de realizar a contratação. 

“A primeira coisa  é saber se o profissional é de confiança e procurar indicações de quem tem ou já teve cães com o pet sitter. Considerar também a formação e o conhecimento dele sobre manejo, cuidados, conhecimentos sobre raças e suas particularidades, e é claro, se o animal teve empatia com a pessoa que vai cuidar dele”, afirma.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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