O réu acusado de tentativa de homicídio de sua sogra, de 86 anos, no Paraná, começa a ser julgado nesta quarta-feira (19). Marlene Foltran está internada há mais de dois meses devido ao incidente. André Ferreira, de 47 anos, é acusado de tentativa de feminicídio. Segundo a defesa da vítima, ele teria empurrado a idosa de uma escada para evitar que ela visitasse a filha, que está doente. Já a defesa do réu alega que a queda foi um acidente.
A denúncia do Ministério Público afirma que em dezembro de 2024, André empurrou a sogra de cima de uma escada em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná. A família alega que o ato foi uma tentativa de impedir Marlene de ver a filha doente, que enfrenta um câncer avançado. O advogado de defesa, Fernando Madureira, assegura a inocência de André, afirmando que a situação envolve uma queda acidental.
A audiência de instrução e julgamento está marcada para começar às 14h, com o objetivo de ouvir testemunhas de acusação. Posteriormente, estão previstos depoimentos de defesa e do réu em data a ser definida. A juíza precisará decidir se determina a sentença ou se encaminha o caso para o Tribunal do Júri, conforme requerimento do Ministério Público. O órgão também pede uma indenização mínima de R$ 10 mil pelos danos causados à vítima.
Segundo advogadas que representam a família de Marlene, a idosa está em estado crítico e quase vegetativa. Acreditam que o réu será levado a Júri Popular, baseando-se no Código de Processo Penal que estipula que crimes contra a vida devem ser julgados dessa forma. O caso ocorreu em dezembro de 2024, com a prisão de André Ferreira sete dias após o incidente.
O promotor João Eduardo Antunes Mirais alega que André empurrou a sogra da escada com a intenção de matá-la. A família da vítima concorda com essa versão, afirmando que Marlene buscava visitar a filha doente quando foi agredida e empurrada. Devido à queda, a idosa sofreu graves lesões físicas que exigiram atendimento médico emergencial para sobreviver.
O caso gerou grande repercussão na região de Campos Gerais e Sul do Paraná e levantou questões sobre violência doméstica e feminicídio. A população aguarda ansiosa pelo desfecho do julgamento e pela justiça para Marlene Foltran, vítima de um ato de violência que chocou a todos. A expectativa é que o sistema judiciário garanta o direito da vítima e condene o réu conforme a gravidade do ato praticado.