O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, têm um encontro marcado para discutir o projeto de lei antifacção, que está sob a relatoria do deputado Guilherme Derrite (PP-SP), em oposição ao governo. O Palácio do Planalto tem feito críticas ao relatório de Derrite, especialmente destacando mudanças na Lei Antiterrorismo e outras questões sensíveis. Apesar de Derrite ter feito ajustes em alguns pontos, a Polícia Federal e outros órgãos mantêm ressalvas em relação ao texto. Mesmo sem acordo à vista, Motta pretende colocar o projeto em votação esta semana, conforme declarou ao jornal O Globo. Além da reunião com Gleisi, o presidente da Câmara terá encontros com líderes partidários para alinhar as votações. A participação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, também está prevista nas negociações. O relator do projeto não classifica as facções como terroristas, embora proponha o mesmo tratamento penal, mas o governo alega que há equívocos no relatório que podem permitir a criminalização de movimentos sociais. Derrite nega tais alegações e defende seu texto como preservando o papel das instituições envolvidas. A Polícia Federal e outras entidades se mostram preocupadas com as possíveis mudanças propostas no projeto, aumentando a tensão em relação à votação.




