Réus condenados por assassinato de vereadora em Piracicaba: Sentença de mais de 30 anos imposta aos culpados

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Réus são condenados a mais de 30 anos de prisão pelo assassinato de ex-vereadora
em Piracicaba

O julgamento dos acusados do assassinato da ex-vereadora e líder comunitária Madalena Leite finalmente chegou a um desfecho, após quase 16 horas de júri popular. O trio foi considerado culpado pelo homicídio qualificado da primeira vereadora travesti eleita na cidade. Os réus incluem Emerson Ferranti, conhecido como Sagui, que recebeu a maior sentença, com 36 anos de prisão, e Jéssica Silva e Marcelo Tomás, condenados a 32 anos cada. A Justiça considerou a ocorrência como homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e pelo uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, que possuía 64 anos.

Madalena Leite era uma figura proeminente em Piracicaba, com um histórico de 25 anos de trabalho como líder comunitária no bairro Boa Esperança antes de ingressar na política. No ápice de sua carreira política, tornou-se a primeira vereadora travesti de Piracicaba após disputar três eleições. Conhecida por sua atuação incansável em prol da comunidade, sua vitória representou um marco na cidade. Sua relevância e impacto social são lembrados com carinho por todos que conheceram seu trabalho.

O julgamento, que contou com a presença de sete jurados, entre mulheres e homens, foi marcado por depoimentos de testemunhas e interrogatórios dos réus. Durante o processo, os acusados admitiram estar envolvidos em outros crimes, mas negaram participação na morte de Madalena. Familiares da vítima estiveram presentes no Fórum de Piracicaba durante todo o processo, em busca de justiça para o trágico acontecimento.

A denúncia do Ministério Público afirmou que a morte de Madalena foi motivada por uma disputa por liderança comunitária no bairro Boa Esperança. O MP detalhou que um dos réus, que fora um colaborador próximo da vítima, teria arquitetado o plano para silenciá-la. A trágica perda de Madalena abalou não apenas aqueles que a conheciam pessoalmente, mas também toda a sociedade de Piracicaba, que viu nela não apenas uma liderança, mas um símbolo de progresso e inclusão.

O crime contra Madalena Leite foi descoberto em 7 de abril de 2021, quando seu corpo foi encontrado na própria residência com ferimentos na cabeça causados por um facão. A violência do ato chocou a comunidade, que se uniu em busca de respostas e justiça. Poucos dias após o assassinato, os suspeitos foram presos em conexão com outro homicídio na região. Na posse dos acusados, foram encontradas substâncias ilícitas e pertences da ex-vereadora, solidificando a evidência contra eles.

A condenação dos réus representa um marco na luta contra a violência e a impunidade. A sociedade de Piracicaba, e de todo o Brasil, aguarda que casos como o de Madalena Leite sirvam como alerta para a necessidade de combater a intolerância e promover a justiça, relembrando sempre o legado deixado por líderes como ela. Que sua memória permaneça viva e inspire novas gerações a lutar por um futuro mais justo e igualitário.

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