Réveillon com chuva desanima setor de bares e restaurantes em Goiânia

chuva

Diferente de anos anteriores, o Réveillon 2023 não tem deixado os empresários de bares e restaurantes de Goiânia animados. A previsão de tempo instável com chuva pode espantar os clientes, assim como o fato de a celebração ser em um dia da semana considerado “desfavorável”. Por outro lado, o setor deve lucrar bem em cidades turísticas do interior goiano.

 

“O comércio em Goiânia não está tão empolgado. A chuva é um fator que atrapalha. A data no domingo acaba ‘matando’ as vendas no fim de semana, mas a turma das cidades turísticas está fazendo eventos e se movimentando pela boa expectativa”, afirma o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Goiás (Abrasel), Danillo Ramos.

 

De acordo com o Climatempo, a meia-noite de 1º de janeiro em Goiânia tem chance de pancadas de chuva. Os interessados em aproveitar a chegada do Ano Novo precisam estar levar uma capa de chuva e a disposição de desembolsar a partir de R$ 280 em alguns locais. Os estabelecimentos costumam oferecer comes e bebes no pacote e ainda shows ao vivo. 

 

A passagem de ano seria mais uma oportunidade de o segmento tentar recuperar parte dos prejuízos financeiros após meses proibidos de receber público presencialmente durante a pandemia. Além disso, os bares e restaurantes foram bastante impactados com os juros e inflação altos em 2022. Os alimentos, bebidas e produtos como gás de cozinha são essenciais para a atividade.

 

Os jogos da Copa do Mundo deram um empurrãozinho, mas a eliminação do Brasil nas quartas de final frustrou os planos dos empresários de bares e restaurantes. Eles estavam animados com as vendas dos três jogos seguintes. A expectativa era de 30% de aumento , que caiu pela metade para este mês de dezembro com o fim do torneio para os brasileiros.

 

O saldo negativo, no entanto, é pontual, de acordo com a estimativa da Abrasel nacional. A entidade prevê aumento geral do segmento neste ano e em 2023. A projeção para os próximos 12 meses depende do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) já que o setor consegue expandir até 50% a mais sobre o indicador.

 

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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