A Polícia Federal apresentou novas revelações em relação ao envolvimento do desembargador Macário Júdice Neto, do TRF-2, com o deputado estadual licenciado Rodrigo Bacellar, da União Brasil, na véspera da operação que resultou na prisão de TH Jóias. Essa operação visava investigar supostos vazamentos de informações confidenciais para TH, acusado de crimes graves como tráfico de drogas, corrupção e negociação de armas para o Comando Vermelho. De acordo com a PF, Bacellar e Macário Júdice estavam juntos enquanto TH trocava mensagens sobre evitar a operação e destruir provas, o que levantou suspeitas sobre sua relação com o magistrado, apesar das negativas da defesa.
Macário Júdice Neto, que é o relator do processo envolvendo TH Jóias, foi detido pela PF como parte da Operação Unha e Carne 2, que investiga a participação de agentes públicos em vazamentos de informações sigilosas de operações policiais. Essa ação resultou na prisão do então presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, na primeira fase da operação. A decisão de prisão assinada pelo ministro Alexandre de Moraes aponta diálogos que sugerem a presença de Bacellar e Macário em uma churrascaria no dia 2 de setembro, reforçando a ligação entre os dois e o suspeito TH Jóias.
Após receber aviso da operação iminente, TH Jóias teria se mobilizado para esconder provas em sua residência, inclusive usando um caminhão-baú para o transporte. A PF alega que ele enviou uma filmagem para Bacellar pedindo permissão para deixar objetos, incluindo um freezer, na casa do deputado licenciado. A defesa de Macário Júdice nega veementemente o encontro na churrascaria e questiona a veracidade das informações que embasaram a prisão do desembargador, observando que as mensagens analisadas não têm relevância para processos judiciais.
Na decisão que culminou na prisão do desembargador, o ministro Alexandre de Moraes destaca o alinhamento entre Macário Júdice e Bacellar na véspera da operação policial, indicando uma associação prejudicial para a prática de crimes. A Polícia Federal comunicou a equipe do desembargador sobre a operação planejada contra TH Jóias, e Bacellar admitiu ter conversado com o suspeito sobre a ação policial logo após receber o aviso da PF. Esses fatos levantam sérias questões sobre a conduta dos envolvidos e suscitam dúvidas sobre a veracidade dos relatos apresentados.
Diante desse cenário complexo e cheio de reviravoltas, a investigação da PF continua a buscar esclarecer a extensão do envolvimento de agentes públicos como Macário Júdice e Rodrigo Bacellar nas atividades criminosas atribuídas a TH Jóias. A repercussão desse caso nas esferas jurídicas e políticas demonstra a gravidade das acusações e a necessidade de um processo justo e transparente para garantir a responsabilização daqueles que violaram a lei. Espera-se que a justiça seja feita e que os envolvidos respondam por suas ações, respeitando o Estado de Direito e a ordem democrática vigente.




