Morador flagra novamente a formação de espuma no Ribeirão do Chá em Itapetininga; vídeo
Flagrante foi feito na manhã desta quinta-feira (4). Prefeitura afirma que pediu vistoria à Cetesb e Sabesp.
Após mais de um mês desde o primeiro registro, a formação de espuma no Ribeirão do Chá, em Itapetininga (SP), foi flagrada novamente por um morador pela manhã desta quinta-feira (4). Na primeira investigação, a Cetesb identificou o lançamento de esgoto clandestino e o descarte irregular de lavagem de batatas no local.
A Prefeitura de Itapetininga informou ao DE que, ao tomar conhecimento dos primeiros relatos, a Secretaria de Meio Ambiente oficializou à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) um pedido de vistoria no local para apurar o que estaria acontecendo.
A prefeitura também informou que, por meio do Setor de Fiscalização de Posturas, intensificou as fiscalizações e vistorias aos estabelecimentos e notificou um prazo de 15 dias para apresentação do laudo de regularidade da Sabesp. Ainda conforme o governo municipal, incursões periódicas intercaladas, feitas a barco, estão sendo feitas nos trechos navegáveis nos Ribeirões do Chá e dos Cavalos para identificar possíveis descartes irregulares de materiais.
O DE entrou em contato com a Cetesb e a Sabesp, mas até a publicação desta reportagem, não obteve retorno.
O problema foi identificado por moradores no dia 18 de junho e as imagens foram registradas no dia 21, onde foi possível verificar a espuma persistente no local. A Cetesb informou que estava investigando a presença de espuma e possível poluição por esgoto no local. Uma avaliação da companhia, no dia 23, identificou o lançamento de esgoto clandestino e o descarte irregular de lavagem de batatas no Ribeirão do Chá. O resíduo da lavagem causou a alteração na coloração das águas, e o despejo de esgoto ocasionou a formação de espuma e mau odor nos cursos d’água.
As espumas foram flagradas novamente depois de 20 dias, no dia 7 de agosto. Para a TV TEM, a Cetesb informou nesta quinta-feira que novamente irá investigar a causa das espumas e que uma equipe vai até o local para acompanhar o caso. Na data, a companhia também informou que programou a coleta de amostras para análise detalhada da qualidade da água e reforçou a orientação para que a população evite o consumo de peixes e da água do rio até a conclusão dos estudos. A companhia também tinha informado que trabalhava para identificar os responsáveis e adotar as medidas legais cabíveis. Os responsáveis podem responder por crime ambiental, conforme a Lei nº 9.605/98, que trata de poluição hídrica.