Ex-líder do governo Bolsonaro e ex-ministro da Saúde do governo Temer, o deputado Ricardo Barros (PP-PR) compareceu à posse de Gleisi Hoffmann e Alexandre Padilha no Palácio do Planalto nesta segunda-feira (10/3). Os petistas assumem, respectivamente, a Secretaria de Relações Institucionais e o Ministério da Saúde do governo Lula.
Ricardo Barros era um dos nomes que o Centrão queria ver à frente do Ministério da Saúde. A pasta é cobiçada pelo PP desde o início do governo Lula, quando Arthur Lira (PP-AL) presidia a Câmara. Segundo interlocutores do governo, Lula anunciou logo a mudança na Saúde para impedir que o Centrão colocasse a pasta na mesa de negociação da reforma ministerial. Parlamentares da base aliada queriam a cabeça da ministra Nisia Trindade, mas o presidente anunciou Padilha para comandar a pasta.
Padilha comandou a articulação política de Lula até agora. Sua nomeação como ministro da Saúde ocorreu também para agradar ao Centrão, que reclamava da demora da liberação de emendas da pasta. Obrigatoriamente, pelo menos metade das emendas parlamentares precisa ser destinada à Saúde. Por isso, a agilidade na liberação de pagamentos é um ponto-chave na relação do governo com o Congresso.
O deputado Ricardo Barros, ex-líder do governo Bolsonaro e ex-ministro da Saúde do governo Temer, compareceu à posse dos novos ministros do governo Lula, Gleisi Hoffmann e Alexandre Padilha, no Palácio do Planalto. Barros era um dos nomes do Centrão cogitados para assumir o Ministério da Saúde, uma pasta muito desejada pelo seu partido desde o início do governo Lula, quando Arthur Lira presidia a Câmara.
De acordo com fontes do governo, a decisão de Lula de realizar a troca no Ministério da Saúde foi uma estratégia para evitar que o Centrão utilizasse a pasta como moeda de troca na reforma ministerial. A nomeação de Padilha foi uma forma de atender aos pedidos do Centrão, que pressionava por uma maior agilidade na liberação de verbas para emendas parlamentares destinadas à Saúde, uma vez que metade delas é obrigatoriamente direcionada para essa área. A presença de Barros na posse dos novos ministros evidencia a movimentação política nos bastidores do governo e do Congresso para garantir o equilíbrio de interesses entre as diferentes siglas.