Ricardo Salles é alvo de mandados da PF

Salles diz em entrevista

A PF (Polícia Federal) realiza na manhã desta quarta-feira (19) uma operação que tem como objetivo a investigação de funcionários da administração pública acusados de facilitar a exportação ilegal de madeira. Um dos alvos endereçados seria o atual ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. As medidas de investigação foram determinadas pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes.

As apurações começaram em janeiro deste ano após informações obtidas junto a autoridades estrangeiras que notificaram o desvio da conduta de servidores públicos brasileiros no processo de exportação.

Em abril, o chefe da PF de Amazonas, Alexandre Saraiva, encaminhou ao STF uma notícia-crime contra Ricardo Salles, por atrapalhar investigações de madeireiros envolvidos na operação Handroanthus, que apreendeu 43.700 mil toras de madeira supostamente ilegais. Em páginas do documento, Saraiva defende a legalidade da operação e pede a investigação do ministro citando diversas críticas públicas e ações de Salles contra a operação.

A operação Akuanduba tem o objetivo de apurar crimes contra a administração pública (corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e, especialmente, facilitação de contrabando) que foram praticadas por agentes públicos e empresários do ramo madeireiro.

São cumpridos 35 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e nos estados de São Paulo e Pará. O ministro Alexandre de Moraes também determinou o afastamento preventivo de dez agentes públicos ocupantes de cargos e funções de grande confiança no Ministério do Meio Ambiente e Ibama.

Ainda não se sabe se Salles está entre as pessoas afastadas.

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Lula impõe veto ao indulto de Natal para condenados do 8 de janeiro

Lula Impõe Veto ao Indulto de Natal para Condenados do 8 de Janeiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vetou o indulto de Natal para os condenados pelos atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, marcando o segundo ano consecutivo em que o benefício é negado aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado. O anúncio foi feito na noite de 23 de dezembro, um dia antes da véspera de Natal, destacando a firmeza do governo em lidar com esses crimes.

Além disso, o indulto não será concedido a condenados por abuso de autoridade e crimes contra a administração pública, como peculato e corrupção passiva. O decreto também exclui aqueles condenados por crimes hediondos, tortura e violência contra a mulher, crianças e adolescentes. Integrantes de organizações criminosas, condenados em regimes disciplinares diferenciados e aqueles que fizeram acordos de colaboração premiada também estão fora do benefício.

Por outro lado, o indulto será concedido a gestantes com gravidez de alto risco, comprovada por laudo médico. Mães e avós condenadas por crimes sem grave ameaça ou violência também terão direito ao benefício, desde que comprovem ser essenciais para o cuidado de crianças até 12 anos com deficiência.

Saúde e condições especiais

O decreto prevê o perdão da pena para pessoas infectadas com HIV em estágio terminal, ou aquelas com doenças graves crônicas sem possibilidade de atendimento na unidade prisional. Pessoas paraplégicas, tetraplégicas, cegas e portadoras do espectro autista em grau severo também serão beneficiadas.

Este decreto reforça a posição do governo em relação aos atos antidemocráticos e crimes graves, enquanto oferece alívio a grupos vulneráveis. As pessoas contempladas pelo benefício terão, na prática, o perdão da pena e o direito à liberdade.

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