O estado do Rio de Janeiro anunciou que os presídios terão bloqueadores de sinal de celular até o final de 2025. A Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP) concluiu o processo de licitação para contratar os equipamentos que irão impedir a comunicação via aparelhos móveis dentro das unidades prisionais. A previsão é de que o primeiro bloqueador seja instalado nos próximos 30 dias, com um custo estimado em até R$ 400 milhões. A licitação foi divulgada no final de 2024, demonstrando o comprometimento das autoridades em reforçar a segurança nos presídios.
Diferentemente de outros estados, no Rio de Janeiro, os presídios estão localizados em áreas urbanas próximas a residências. Por isso, a SEAP buscou por tecnologia avançada para garantir que o bloqueio de sinal de celular aconteça somente dentro das unidades prisionais, sem impactar a comunicação dos moradores vizinhos. A secretária de Administração Penitenciária, Maria Rosa Nebel, ressaltou a importância de adotar medidas modernas para controlar a comunicação dos detentos com o mundo exterior, visando a segurança da sociedade.
A empresa vencedora da licitação foi a IMC Tecnologia em Segurança, especializada em locação de equipamentos e prestação de serviços para o bloqueio de telefonia móvel, redes, wi-fi e drones em unidades prisionais e hospitalares da SEAP/RJ. O investimento nesses bloqueadores representa um avanço estratégico nas ações de segurança pública do Rio de Janeiro, conforme destacou o governador Cláudio Castro. A medida visa fortalecer o combate ao crime organizado, impedindo que os presos continuem articulando crimes mesmo estando detidos.
O Rio de Janeiro possui um histórico de apreensão de celulares em presídios, com diversas operações realizadas para desmantelar regalias de líderes de organizações criminosas dentro das unidades. Entre 2023 e 2024, a polícia penal apreendeu mais de 6 mil celulares com detentos de uma facção criminosa conhecida como Povo de Israel. Essas ações demonstram a necessidade de intensificar o controle e a segurança nos presídios, evitando que os presos mantenham contato com o mundo exterior para planejar crimes.
Em 2020, uma operação realizada no presídio Bangu 3, na Zona Oeste do Rio, resultou na apreensão de um smartwatch e 24 telefones celulares utilizados por detentos. Essas ações reforçam a importância da implementação de bloqueadores de sinal de celular nas unidades prisionais, a fim de coibir a comunicação ilegal e garantir a integridade do sistema prisional. O investimento em tecnologia e gestão é fundamental para enfrentar os desafios relacionados à segurança pública e ao combate ao crime organizado no estado.