Rio de Janeiro: Dois casos de mal da vaca louca sendo investigados pela Fiocruz

Fiocruz Rio de Janeiro

Nesta quinta-feira (11), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou que recebeu dois pacientes com suspeita de Encefalopatia Espongiforme Bovina, popularmente conhecida como “Mal da Vaca Louca”.

Segundo informações da Fiocruz, os dois pacientes estão internados em um centro hospitalar criado para receber pacientes com Covid-19, no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chaves (INI/Fiocruz), no Rio de Janeiro.

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro, informou que os dois pacientes são moradores de Belford Roxo e de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Em nota a secretaria estadual de saúde informou que, “as notificações foram encaminhadas para o órgão público para que o desenvolvimento de ações, em conjunto com as dos municípios onde os pacientes residem”.

No comunicado a Fiocruz não informou detalhes sobre a identidade dos pacientes, como sexo, idade ou local onde poderiam ter se infectado.

O que é o “Mal da Vaca Louca” ?

O Mal da Vaca Louca, como é conhecido popularmente, é uma enfermidade degenerativa, crônica e fatal, que afeta o Sistema Nervoso Central de bovinos e bubalinos.

A doença não tem cura, nem tratamento e provoca alteração comportamental e pode ser confundida com outra doenças que afetam o Sistema Nervoso Central dos animais, como raia, intoxicação, babesiose entre outras.

Os principais sintomas da doença são:

  • Nervosismo
  • Apreensão
  • Medo
  • Ranger dos dentes
  • Hipersensibilidade ao som, toque e luz
  • Ataxia

O Mal da Vaca louca pode ser transmitido ao homem quando o paciente ingere carne bovina contaminada, causando uma doença semelhante a dos animais.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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