Rio de Janeiro vê queda nos focos de dengue, mas Centro, Santa Cruz e Campo Grande preocupam: o que fazer?

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Número de focos de dengue cai no Rio, mas áreas de Centro, Santa Cruz e Campo
Grande preocupam

As áreas estão em estado de alerta para a incidência de focos, segundo primeiro
levantamento do ano feito pela Secretaria Municipal de Saúde.

O primeiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) de 2025,
feito pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro (SMS) indica que o
Rio tem um índice de domicílios com focos do mosquito menor que o do mesmo
período do ano passado.

Entretanto, regiões que englobam bairros das áreas do Centro, Santa Cruz e Campo
Grande preocupam por estarem acima do esperado. Entre elas está Campo Grande,
onde foi registrado o primeiro óbito por dengue do ano.
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As áreas estão em estado de alerta para a incidência de focos.

Mais de 2 mil agentes de vigilância em saúde vistoriaram mais de 100 mil imóveis
para coletar as amostras, que foram enviadas para o laboratório de entomologia.
Foi constatado uma melhora no índice, que passou de 0,79 no mesmo período em
2024 para 0,74, em 2025.

Ao todo, 102.316 mil imóveis passaram por inspeção em toda a cidade.

Os focos mais predominantes (29,8%) foram encontrados em depósitos móveis como
vasos/frascos com plantas, pingadeiras, recipientes de degelo de geladeiras,
bebedouros, pequenas fontes ornamentais, materiais em depósitos de construções e
objetos religiosos. A orientação para evitar a proliferação de mosquitos nesse
tipo de recipiente é realizar a limpeza semanal com bucha ou esponja esfregando
as paredes do recipiente pelo menos uma vez por semana. Outro tipo de depósito
também se destacou, os ralos, cujos cuidados recomendados são a limpeza semanal,
a vedação ou telagem.

Em 2024, o município do Rio de Janeiro enfrentou uma epidemia de dengue, com o
registro de 111.000 casos da doença, o maior número registrado nos últimos dez
anos. A taxa de incidência foi de 1.756,21 casos a cada 100 mil habitantes. Além
disso, a cidade apresentou uma taxa de letalidade de 0,02%, com 21 óbitos
confirmados.

COMO FUNCIONA O LIRAA

O LIRAa é um método de amostragem realizado em todos os municípios brasileiros.
É uma importante ferramenta para mapear as regiões da cidade onde o Aedes
aegypti está presente, traçando assim as estratégias para controle do vetor. O
município é dividido em estratos com 8,2 mil a 12 mil imóveis com
características semelhantes e, em cada um desses recortes, 20% dos imóveis são
visitados pelos agentes de vigilância ambiental, para verificar se existem focos
de larvas do mosquito e quais os tipos de depósitos mais utilizados pelo Aedes
aegypti para reprodução.

Dos 247 estratos trabalhados, mais da metade (178) estavam com o Índice de
Infestação Predial – IIP “satisfatório” (menor que 1%); 64 na faixa de “alerta”
(de 1% a 3,9% ); e apenas 5 na classificação de “risco” (infestação acima de
3,9%).

“Quatro vezes por ano, os agentes de saúde fazem o LIRAa para verificar o índice
de infestação do Aedes aegypti. O objetivo desse monitoramento é identificar as
áreas de maior circulação do mosquito e os tipos de depósitos mais comuns,
permitindo uma abordagem mais eficaz para o controle da infestação. Com isso, é
possível direcionar as informações de prevenção e alertar a população sobre onde
está o foco de água parada, que é mais perigoso e tem maior risco de
proliferação dos mosquitos”, informa o secretário municipal de Saúde, Daniel
Soranz.

Durante a realização do levantamento, são analisados os tipos de depósitos e
criadouros utilizados por esse vetor para a reprodução. A partir dessa
informação, pode-se melhor direcionar a comunicação de risco e as ações
preventivas. O conhecimento desses indicadores permite o direcionamento das
ações para as áreas apontadas como críticas possibilitando, assim, um melhor
aproveitamento dos recursos humanos e materiais disponíveis.

VACINAÇÃO

No ano passado, foram aplicadas 155.756 doses da primeira etapa da vacina contra
a dengue e 55.235 doses da segunda etapa. O imunizante está disponível em todas
as 239 unidades de Atenção Primária da cidade, além do Super Centro Carioca de
Vacinação, em Botafogo, que funciona todos os dias, das 8h às 22h; e o Super
Centro Carioca de Vacinação, unidade Campo Grande, localizado no
ParkShoppingCampoGrande, que também fica aberto de domingo a domingo, de acordo
com o horário de funcionamento do centro comercial.

“É essencial que todos se engajem na luta contra a dengue. Embora tenhamos
registrado uma melhora em relação ao ano passado, ainda existem áreas da cidade
que requerem atenção especial. A SMS segue com um plano de combate ativo contra
à dengue, mas é importante destacar que ainda há regiões que estão nas faixas de
alerta e risco. Diante disso, eu faço um apelo à população carioca para que
continue tomando todos os cuidados necessários para prevenção contra o mosquito
Aedes aegypti. E também volto a convocar pais e responsáveis a levarem seus
filhos de 10 a 14 anos às unidades de saúde para se vacinarem contra a dengue”,
reforça o secretário Daniel Soranz.

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