Rio Grande do Sul implementa teste próprio de detecção de metanol: avanço na saúde pública.

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O governo do Rio Grande do Sul agora possui um teste próprio para detecção de metanol, uma substância altamente perigosa quando ingerida. O teste, realizado por um equipamento cromatógrafo a gás, é considerado o padrão ouro para diagnóstico de metanol. Recentemente, o estado confirmou um caso de intoxicação por essa substância, onde o paciente consumiu caipirinhas com vodka em um bar de São Paulo, resultando em complicações de saúde. Com o novo serviço, o RS se destaca como um dos poucos estados com capacidade própria para esse tipo de diagnóstico.

A substância química metanol é comumente utilizada industrialmente em solventes e outros produtos. Apresenta riscos graves à saúde quando ingerida, afetando órgãos vitais do corpo como o fígado, medula, cérebro e nervo óptico, podendo levar a consequências graves como cegueira, coma e até morte. A introdução dos testes laboratoriais próprios no Rio Grande do Sul é um avanço significativo na identificação precoce de casos de intoxicação por metanol, fornecendo suporte ao diagnóstico e tratamento adequado.

Anteriormente, o Instituto-Geral de Perícias (IGP) era responsável pelos testes envolvendo bebidas alcoólicas, enquanto o Centro de Informação Toxicológica do Estado (CIT) assumiu as análises em amostras biológicas relacionadas ao metanol. Com o novo sistema, há uma agilidade na identificação de casos suspeitos e na emissão de laudos por parte do CIT. Profissionais de saúde podem contar com o suporte do serviço, fornecendo orientações pertinentes sobre o tratamento adequado.

A operação dos testes de metanol no governo do RS ocorre em etapas bem definidas. Após a identificação de casos suspeitos de intoxicação por metanol pelos serviços de saúde, o CIT é acionado para realizar os exames em amostras biológicas usando o cromatógrafo a gás. Posteriormente, os laudos com os resultados dos testes são emitidos, permitindo uma ação rápida e eficaz diante de situações de emergência relacionadas ao metanol.

O Laboratório de Análises Toxicológicas da Universidade Feevale, situado em Novo Hamburgo, é um dos locais que realiza análises particulares para detecção de metanol, contando com a precisão do cromatógrafo a gás. A coleta de amostras, mistura com o cloreto de sódio devidamente lacrado e a análise feita em um ambiente controlado são passos fundamentais para identificar a substância em bebidas suspeitas. Essa técnica avançada permite separar os componentes da amostra e identificar a presença de metanol com precisão.

A inciativa do governo do Rio Grande do Sul em implementar testes próprios para detecção de metanol destaca a preocupação com a saúde pública e a segurança da população. A ação preventiva e proativa nesse sentido é essencial para evitar complicações decorrentes da ingestão acidental de metanol, garantindo um atendimento eficaz a casos suspeitos. A disponibilidade de um canal de atendimento 24 horas, como o telefone 0800-721-3000, demonstra o compromisso em atuar rapidamente diante de situações emergenciais envolvendo essa substância nociva.

O teste com cromatógrafo gasoso é fundamental para a detecção precoce de intoxicações por metanol, permitindo a emissão de laudos precisos e rápidos para orientar o tratamento adequado. A sensibilidade e especificidade desse equipamento tornam-no uma ferramenta essencial para diagnosticar e confirmar a presença de metanol em amostras biológicas. A implementação desse teste no Rio Grande do Sul representa um avanço significativo na capacidade de identificar e tratar casos de intoxicação por metanol, contribuindo para a preservação da saúde da população.

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