Entenda os fatores que levam o Rio Grande do Sul a apresentar uma taxa de desemprego menor do que a média nacional. A taxa de desocupação no estado gaúcho foi de 5,1% no terceiro semestre, aproximadamente um ponto percentual abaixo do índice nacional. Esses dados foram divulgados pelo IBGE e compilados pela Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS).
José Scorsatto, diretor-presidente da FGTAS, destaca que o Rio Grande do Sul está experimentando um momento de “pleno emprego”, algo não visto há pelo menos uma década. Ele aponta que a resiliência das empresas locais foi fundamental para a recuperação econômica do estado, mesmo após as enchentes que ocorreram em maio de 2024.
A pesquisa revela que o número de pessoas empregadas no RS cresceu tanto em comparação anual quanto em relação aos trimestres anteriores. Entre julho e setembro, houve um aumento de 130 mil trabalhadores, totalizando cerca de 6,3 milhões de pessoas na força de trabalho. Esse crescimento reflete a dinâmica positiva do mercado gaúcho.
O crescimento da formalização do mercado de trabalho é um dos fatores apontados por Scorsatto como essenciais para manter a taxa de desemprego em níveis reduzidos. Atualmente, o RS conta com 2,46 milhões de trabalhadores com carteira assinada, além de cerca de 1,97 milhão de autônomos sem CNPJ. A construção civil também teve um papel crucial nesse cenário, com investimentos em obras de infraestrutura e residenciais.
Apesar dos avanços, ainda existem desafios a serem superados. Scorsatto destaca a necessidade de reinserir no mercado de trabalho aqueles que desistiram de procurar emprego, bem como a importância da qualificação profissional, principalmente para os que não concluíram o ensino médio. A transição de beneficiários de programas assistenciais para o mercado de trabalho também é uma preocupação.
O diretor da FGTAS acredita que o Rio Grande do Sul continuará a atrair investimentos e gerar empregos, impulsionando a economia local. A capacidade do mercado gaúcho em absorver mão de obra disponível demonstra a dinâmica positiva do estado. A combinação de resiliência, determinação e ações coordenadas são fundamentais para manter o crescimento e a geração de empregos no RS.