Risco de afogamento aumenta nas férias, alerta Corpo de Bombeiros

O período das férias escolares requer cuidados especiais com as crianças. Junto com as férias, os pais têm que lidar com possíveis ocorrências de acidentes domésticos como quedas, intoxicação, queimaduras e – principalmente -afogamento. A procura por cachoeiras, lagoas, rios e piscinas é maior nesta época do ano, aumentando também o risco de acidentes. Para evitar que novas tragédias ocorram, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO) tem reforçado as medidas de prevenção a afogamentos. Escolas públicas e privadas têm recebido, nos últimos meses, bombeiros militares para palestras e demonstrações voltadas ao público infantil.

A ação faz parte da Operação Férias Turista Seguro 2017 do CBMGO. Em Goiânia, na próxima terça-feira, 27, às 10 horas, o 1º Batalhão Bombeiro Militar vai receber cerca de 100 crianças que vão ser orientadas sobre os riscos do afogamentos e quais as medidas devem ser tomadas para manter a segurança no ambiente aquático. “A criança tem que estar na piscina sempre acompanhada por um responsável e devem ser colocadas cercas ao redor das piscinas, além de não deixarem brinquedos próximos à água”, orienta o Comandante da Operação Férias Turista Seguro, Tenente Coronel Pablo Lamaro Frazão.

A facilidade com que o afogamento pode ocorrer agrava-se devido a duas características principais: geralmente ele é rápido e silencioso. Por este motivo, a adequação no ambiente e a supervisão do adulto são essenciais para evitar este risco. Em casa, por exemplo, é importante lembrar que apenas três dedos de água em um balde esquecido na cozinha já representam perigo significativo para uma criança que está começando a andar. Elas têm cabeça mais pesada e gostam de brincar com água, podem se virar e não conseguem voltar.

Apenas dez segundos são suficientes para que a criança fique submersa na banheira; dois minutos são suficientes para que a criança, submersa, perca a consciência; e de quatro a seis minutos para que a criança fique com danos permanentes no cérebro. Além da supervisão total do adulto, outras medidas podem evitar este acidente: usar colete salva-vidas, esvaziar e armazenar em locais altos baldes, bacias e banheiras após o uso, fechar vasos sanitários e banheiros, tampar ou esvaziar os tanques e esvaziar piscinas infantis. A prevenção ainda é a melhor forma de evitar esses acidentes.

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Mergulhadores retomam buscas na ponte entre Maranhão e Tocantins

Mergulhadores da Marinha e do Corpo de Bombeiros retomaram, na manhã deste sábado, 28, a busca por desaparecidos após a queda da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, na BR-226, entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). O trabalho foi suspenso ontem, 27, devido ao risco de desabamento do que sobrou da estrutura da ponte, que caiu no último domingo, 22.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que, após a chegada e instalação de equipamentos de precisão, verificou-se estabilidade na estrutura existente, permitindo a retomada dos trabalhos de busca. “Ressaltamos que o monitoramento da estrutura está sendo feito de forma contínua”, afirmou a autarquia.

As ações estão sendo feitas por equipes de mergulho em uma profundidade que varia de 20 a 60 metros.

A Petrobras e a Transpetro disponibilizaram um robô e equipes técnicas para ajudar nas buscas por vítimas da tragédia. Novos equipamentos da Marinha também chegaram nesta sexta-feira, 27, entre os quais, uma câmara hiperbárica e o regulador de mergulho independente, que tem o suprimento de ar feito por mangueiras que chegam à superfície. Com isso vai ser possível realizar o trabalho por um período maior.

São nove os mortos e oito os desaparecidos com o colapso da ponte. Uma pessoa foi resgatada com vida.

Hoje, a Marinha corrigiu o número de mortes, informando que, após a identificação do corpo encontrado no final do dia de ontem, 27, foi concluído que se tratava de uma das pessoas desaparecidas após a queda da ponte.

Na quinta-feira, 26, os mergulhadores localizaram os caminhões que transportavam agrotóxicos e ácido sulfúrico a uma profundidade de cerca de 35 metros no Rio Tocantins. A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) emitiu um parecer técnico de que não há risco de contaminação da água e informou que testes continuarão sendo realizados.

O Dnit informou que uma força-tarefa se encontra na região em apoio à população, com a contratação de balsas para a travessia do rio, e no trabalho de apuração das causas da queda da estrutura. O governo federal destinará mais de R$ 100 milhões para as obras de recuperação e retirada dos escombros.

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