A Defesa Civil identificou um “risco de colapso” no centro obstétrico do Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), situado na Asa Sul, devido a rachaduras nas paredes do prédio. O local foi interditado no último domingo (23) após uma vistoria que apontou a “evolução das trincas e rachaduras”. Os atendimentos que não puderem ser realizados no HMIB estão sendo transferidos para o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) e para o Hospital Universitário de Brasília (HUB), conforme informado pela Secretaria de Saúde.
No laudo emitido pela Defesa Civil, foi destacado o perigo iminente de colapso no centro obstétrico do HMIB devido à ampliação das rachaduras. Como medida de segurança, a interdição foi necessária para a preservação da integridade dos pacientes e profissionais da saúde. A situação é considerada grave e requer uma atenção especial para evitar possíveis acidentes e danos maiores.
A interdição permanecerá em vigor até que seja concluído um diagnóstico completo da situação estrutural do bloco obstétrico do hospital. Após a realização da análise, um plano de ação será elaborado para implementar as medidas necessárias. Enquanto isso, os procedimentos não realizados no HMIB serão encaminhados aos hospitais de referência designados pela Secretaria de Saúde.
Além das rachaduras que motivaram a interdição, servidores da UTI Neonatal do HMIB manifestaram preocupação com a superlotação e a falta de profissionais, especialmente médicos. A escalação reduzida de médicos nos plantões noturnos compromete a qualidade do atendimento e a segurança dos bebês internados na unidade.
A Defesa Civil destacou as áreas interditadas no centro obstétrico do HMIB, incluindo a sala da chefia médica, sala de convivência, leitos específicos, áreas de pré e pós-parto, entre outras. A realização de uma reforma entre abril e setembro de 2023 no centro obstétrico visava melhorar as condições estruturais, como o ar-condicionado, a fundação do prédio e os sistemas eletrônicos.
Diante da complexidade da situação, a Secretaria de Saúde enfatizou a necessidade de agir com cautela e responsabilidade, garantindo a segurança de todos os envolvidos. A colaboração da Defesa Civil e dos engenheiros especializados é essencial para avaliar e diagnosticar o problema, a fim de adotar medidas eficazes para a reabilitação do centro obstétrico do HMIB. A prioridade é assegurar a continuidade e a qualidade dos atendimentos, mesmo diante dos desafios enfrentados.