Rituais de raiva: Mulheres pagam quase R$ 41 mil para gritar e quebrar objetos

“Rituais de raiva” essa é uma nova tendência nas redes sociais. Mulheres estão pagando até US$8 mil (cerca de R$41 mil) para “aliviar o estresse” e se “sentirem mais relaxadas”.

Os rituais são como “cerimônias” nas quais as participantes gritam e quebram objetos livremente para para “aliviar o estresse e as energias negativas”.

A empresária e engenheira de segurança cibernética à frente do movimento é Mia Banducci. A empresária se tornou uma espécie de “guru” que organiza os “retiros rituais de raiva”. Neles, as mulheres ecoam gritos ensurdecedores e quebram galhos de árvore no meio de uma floresta, sob a batuta de Mia, que gosta também de ser chamada de “bruxa”.

“Os homens precisam chorar, e é tão saudável que os homens chorem. E e as mulheres precisam ser capazes de ficar com raiva”, disse Mia ao “USA Today”.

Nas cerimônias, Mia incentiva as participantes a pensarem em situações em que foram injustiçadas enquanto gritam e batem com paus no chão até que seus braços fiquem dormentes.

Em entrevista a revista USA Today, Kimberly Helmus, uma das participantes do ritual promovido por Mia comentou sobre a experiência.

“Não há lugar onde você possa ver as mulheres ficarem com raiva assim e isso não ser condenada: ‘São os hormônios. Ela está simplesmente desequilibrada. Ela é simplesmente louca. Ela está apenas menstruada.’

Aquele era um lugar onde você estava, provavelmente pela primeira vez em muito, muito tempo, se é que alguma vez aconteceu, capaz de gritar em voz alta coisas sobre como você se sentia”, disse ela.

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Impeachment do presidente da Coreia do Sul é aprovado após tentativa de autogolpe com lei marcial

O Parlamento da Coreia do Sul aprovou neste sábado, 14, o impeachment do presidente Yoon Suk Yeol, acusado de promover um autogolpe ao decretar lei marcial no último dia 3. A medida, que restringiu direitos civis, suspendeu o Parlamento e ampliou o poder do Executivo, foi derrubada pela própria Assembleia Nacional poucas horas após sua imposição. O impeachment foi aprovado por 204 votos a favor e 85 contra, superando o mínimo de 200 votos necessários.

A crise começou quando Yoon alegou que a lei marcial era necessária para combater “elementos pró-Coreia do Norte” e proteger a ordem constitucional. A decisão gerou confrontos entre militares e manifestantes e levou à rejeição unânime do decreto pelo Parlamento. A pressão aumentou após Yoon revogar a lei marcial no mesmo dia, sem convencer aliados e opositores, que criticaram o ato como inconstitucional e autoritário.

Nos dias seguintes, a situação de Yoon se agravou. Acusado de insurreição e alvo de protestos, ele adotou tom confrontador em discursos públicos, questionando a legitimidade das eleições legislativas de abril e defendendo a necessidade de “combater grupos criminosos que desafiam o Estado de Direito”. A postura causou indignação até entre aliados, levando figuras importantes do governo a se afastarem de sua gestão.

Com o impeachment, o primeiro-ministro Han Duck-soo assumirá interinamente a presidência, enquanto a Corte Constitucional avalia a decisão do Legislativo. Caso confirme a destituição, o país deverá realizar novas eleições em até 60 dias.

Yoon Suk Yeol, eleito em 2022 por uma margem histórica de apenas 0,73 ponto percentual, já havia enfrentado críticas por sua gestão conservadora. Antes de assumir a presidência, Yoon ganhou destaque ao liderar as investigações que levaram ao impeachment da ex-presidente Park Geun-hye, de quem se tornou aliado após sua libertação em 2021. A tentativa frustrada de autogolpe com a decretação da lei marcial marca o desfecho de uma trajetória política turbulenta e controversa.

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