Rodney afirma que acusações de Marconi são “choro de quem está devendo”

O secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, rebateu neste sábado, 05, as acusações do ex-governador Marconi Perillo (PSDB)  sobre a gestão atual o estar perseguindo. “Isso é muito mais choro de quem está devendo do que qualquer outra coisa”, disse. “Não há nenhum uso político [das forças policiais]. Isso não combina com a história do governador e nem com a minha.”

Rodney apontou que essa pode ser uma tentativa do ex-governador de desviar o foco da verdade. “O que existem são indícios gravíssimos de cometimento de crime nas gestões que nos antecederam”, revelou o titular da Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO). Ele também garantiu que essas investigações envolvendo o governo tucano “são apuradas juntamente com o Ministério Público e com o Poder Judiciário”. 

Outra afirmação de Marconi que Rodney rebateu foi que a redução dos índices de criminalidade, observada em 2019 e 2020, seria consequência das ações do governo passado. De acordo com o titular da SSP-GO, o que o atual governo herdou foi uma polícia sucateada, desmotivada e desvalorizada.

O secretário afirmou que o governo tucano foi o responsável de criar a categoria de militares de 3ª classe, que recebia apenas R$ 1,5 mil por mês, o pior salário do Brasil. Acrescentando que em dois anos, Caiado excluiu essa categoria e promoveu os 1.985 militares. “Também pegamos promoções atrasadas e outra série de problemas que estamos trabalhando [para solucionar]”, explicou. 

 

Entre as forças de segurança beneficiadas com as promoções estão a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, a Polícia Civil, a Polícia Técnico-Científica e, segundo o secretário, haverá um cronograma para inclusão da Polícia Penal.

Em relação o sistema penal, Rodney declarou, durante a entrevista, a operação feita neste sábado que transferiu mais de mil detentos da Penitenciária Odenir Guimarães (POG). A estrutura, construída na década de 1960, passará por reforma. “Com 20 anos do governo passado, ninguém enfrentou esse problema. Foram várias rebeliões, vários tipos de desafios que as forças de segurança tentaram resolver, sem apoio nenhum. Hoje estamos dando solução para esse problema.”

O secretário também falou da liberdade que as forças de segurança adquiriram para o desempenho de suas funções. “Todo policial que nos encontra fala que nunca tiveram tanta liberdade para atuar, tanto apoio. Isso o ex-governador não vai poder dizer nunca, até porque a situação que nós pegamos a segurança pública tinha tudo, menos apoio.”

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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