Rodoviária de Goiânia retoma viagens após manifestações bolsonaristas perderem força no estado

O Terminal Rodoviário de Goiânia, que abriga 72 empresas de transporte terrestre, começou, de forma gradativa, a liberar os ônibus para que os passageiros consigam chegar ao destino nesta quarta-feira, 02. 

As viagens haviam sido canceladas nesta terça-feira, 1º, por conta das manifestações bolsonaristas nas rodovias federais e estaduais. Por conta dos bloqueios, apenas uma das várias empresas precisou cancelar 38 viagens, depois de um dos veículos ficar preso nos bloqueios. 

Prejuízos

Diariamente, cerca de 730 horários de viagens são registrados entre chegadas e saídas, conforme o Terminal Rodoviário.  Entretanto, os bloqueios fizeram com que na segunda-feira, 31, esse fluxo sofresse uma redução de 25%, passando para 49% nesta terça. 

A orientação da rodoviária é para que os passageiros liguem diretamente para as empresas para confirmar ou remarcar a viagem, até que todas as estradas sejam liberadas.

Manifestações

As manifestações que começaram na noite do último domingo, 30, começaram a perder força nesta quarta após as ações das força de segurança pública do estado. Para se ter uma ideia, Goiás chegou a ter cerca de 28 bloqueios, mas esse número foi reduzido a três até esta tarde. As cidades que ainda estão com bloqueios são:

  • São Simão: BR-364, km 3 – interdição parcial;
  • Rio Verde: BR-060, km 381 – interdição parcial;
  • Catalão: BR-050, km 282 – interdição parcial.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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