Rodoviária de Goiânia tem dezenas de viagens canceladas e ônibus presos em bloqueios bolsonaristas

As manifestações que se estendem por todo o país, inclusive em Goiás, começaram a impactar o ramo de transportes terrestres. Isso porque, além de lidar com a falta de combustíveis, os ônibus que realizam o transporte de passageiros estão sendo impedidos de concluir o trajeto durante os bloqueios. Para se ter uma ideia, apenas uma empresa que atua na Rodoviária de Goiânia cancelou 38 viagens nesta terça-feira, 1º.

A tendência, inclusive, é que mais viagens sejam canceladas, caso as manifestações se estendem. Ao DE, a rodoviária informou que optou por suspender os trajetos, após um dos veículos ficar preso nos bloqueios desta terça.

“Não tem como sair. Está ficando parado na estrada. Os ônibus não estão conseguindo chegar ou sair da rodoviária. É liberar e ficar preso na estrada, sem água, sem nada. Está bem complicado”, explicou a assessoria do terminal.

Prejuízo

Até o momento, de acordo com o terminal rodoviário, não foi possível contabilizar o prejuízo provocado pela manifestação dos apoiadores de Bolsonaro (PL), tão pouco o número de passageiros que foram prejudicados por terem as viagens canceladas. 

Porém, a administração já trabalha com um levantamento para contabilizar os prejuízos, além de também trabalhar para compensar e remarcar as viagens dos passageiros que precisaram ser canceladas.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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