Rodoviária de Goiânia tem dezenas de viagens canceladas e ônibus presos em bloqueios bolsonaristas

Rodoviária de Goiânia tem dezenas de viagens canceladas e ônibus presos em bloqueios bolsonaristas

As manifestações que se estendem por todo o país, inclusive em Goiás, começaram a impactar o ramo de transportes terrestres. Isso porque, além de lidar com a falta de combustíveis, os ônibus que realizam o transporte de passageiros estão sendo impedidos de concluir o trajeto durante os bloqueios. Para se ter uma ideia, apenas uma empresa que atua na Rodoviária de Goiânia cancelou 38 viagens nesta terça-feira, 1º.

A tendência, inclusive, é que mais viagens sejam canceladas, caso as manifestações se estendem. Ao DE, a rodoviária informou que optou por suspender os trajetos, após um dos veículos ficar preso nos bloqueios desta terça.

“Não tem como sair. Está ficando parado na estrada. Os ônibus não estão conseguindo chegar ou sair da rodoviária. É liberar e ficar preso na estrada, sem água, sem nada. Está bem complicado”, explicou a assessoria do terminal.

Prejuízo

Até o momento, de acordo com o terminal rodoviário, não foi possível contabilizar o prejuízo provocado pela manifestação dos apoiadores de Bolsonaro (PL), tão pouco o número de passageiros que foram prejudicados por terem as viagens canceladas. 

Porém, a administração já trabalha com um levantamento para contabilizar os prejuízos, além de também trabalhar para compensar e remarcar as viagens dos passageiros que precisaram ser canceladas.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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