Rodrigo Muniz, ex-Flamengo, divide-se entre gols importantes e aulas para crianças: “Mais jogador”

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Ex-Flamengo, professor Muniz se divide entre gols importantes e aulas para crianças: “Mais jogador”

Com gols quatro gols nos últimos cinco jogos, o centroavante tem sido peça fundamental no Fulham, mas nas horas vagas ele ensina a palavra de Deus a jovens

Rodrigo Muniz brinca com o “familiar” João Gomes após vitória: “Fiquei por cima”

O dever de Rodrigo Muniz é marcar. Gols e o coração de jovens com a palavra de Deus. Na atual temporada, ele tem cumprido a dupla missão com louvor. Nos últimos cinco jogos, balançou as redes quatro vezes. E quando o futebol dá uma tempinho, o mineiro de 23 anos vai à Igreja Batista London dar aulas de religião a crianças e adolescentes.

A temporada tem sido de menos oportunidades no time titular – começou em nove de 29 jogos, enquanto no ciclo 2023/2024 iniciou 23 de 33 partidas. Isso, porém, não tem diminuído o faro de gol. São oito anotados, dois a menos do que fez entre o verão europeu de 23 e o inverno de 24.

Rodrigo Muniz foi eleito o melhor em campo em Wolverhampton 1×2 Fulham — Foto: Divulgação/Fulham

O último gol foi muito bonito e importante. Com um toque de cobertura, garantiu a vitória por 2 a 1 sobre o Wolves e provocações ao amigo João Gomes, que também fez um golaço no duelo.

No domingo, pelas oitavas de final da FA Cup, Rodrigo Muniz tem grandes chances de ser titular. Dos quatro jogos de copas (da Liga Inglesa e da Inglaterra) na temporada, começou em três e fez o mesmo número de gols. O desafio é contra o Manchester United, que vive um ano irreconhecível e em constante crise sob a direção do português Ruben Amorim.

Confira abaixo a íntegra da conversa, em que Muniz fala da nova função como professor na igreja, bastante de futebol e das coisas que têm saudade do Brasil.

Como surgiu essa história de ser professor de religião para crianças?

Isso tudo tem a ver com a minha esposa, porque ela se batizou aos 13 anos na nossa cidade, São Domingos do Prata. Desde quando a chegou aqui, a gente vai na Igreja Batista London, que é brasileira e tem o pastor Xavier, que é brasileiro e mora aqui há muito tempo.

Desde que a gente começou a ir lá, a gente sempre ajudou muito, e o pastor chamou a minha esposa e perguntou qual seria a possibilidade de ser professora dos adolescentes. Ela aceitou. Eu me batizei dois anos atrás, lá também, graças a Deus. E comecei a buscar mais os caminhos de Deus. Minha esposa tem sido benção para mim. Nesse ano, o pastor me chamou para dar aula também. E nos chamou para sermos líderes dos adolescentes. A gente dá aula para eles. São crianças que moram aqui na Inglaterra e que frequentam a nossa igreja.

A troca com esses pequenos te faz bem?

Me faz bem, me ajuda muito, e é muito bom porque te traz um pouquinho mais de responsabilidade, porque eu não posso dar aula para criança, falar sobre Deus e não ser um exemplo para eles. Procuro ser um exemplo para que eles me vejam como uma pessoa certa e que busca os caminhos de Deus.

De volta ao futebol, a pergunta que fica é: mesmo com muitos gols, as oportunidades não são mais as mesmas. O que acredita que precisa fazer para voltar a ser titular?

Acho que, comparando com a última temporada, na atual eu me sinto mais confiante e como jogador de Premier League mesmo. Tenho treinado bastante à espera da oportunidade. Comecei em nove jogos e tenho oito gols na temporada. Acho que os números estão bons. Claro que tenho que começar mais os jogos, só que isso não cabe a mim ou ao Raúl. Quem decide é o Marco Silva.

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