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Rogério Cruz garante que tarifa do transporte público não aumenta em 2022, em Goiânia

Última atualização 22/12/2021 | 12:18

Em encontro para prestação de contas do primeiro ano da gestão, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, disse a jornalistas que a tarifa do transporte público não aumentará ano que vem. O valor de R$ 4,30 manteve-se congelado ao longo de 2021. Na coletiva, o prefeito falou dos atrasos nas obras das vias públicas e do BRT na capital.

Além disso, Cruz informou que a prefeitura concluiu um projeto com regulação da tarifa flexível. Se aprovada a proposta, o passageiro que percorrer, no máximo, 5 km pagará a metade da fatura atual, que é de R$ 4,30. O projeto ainda precisa ser discutido com o governo estadual para que se possa “bater o martelo”, informou o prefeito.

A tarifa flexível é um dos pontos previstos no Projeto de Lei encaminhado pelo governo estadual à Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego). A proposta foi aprovada nesta terça-feira (21), em segunda votação.

A reestruturação do transporte público da região metropolitana prevê também a participação do governo estadual e de municípios de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Senador Canedo no custeio do transporte. De acordo com o prefeito da capital, esta mudança deve significar melhorias no transporte.

“As empresas deverão colocar novos ônibus, mais veículos e também melhorar a qualidade do transporte. Porque elas terão condições para isso, já que haverá contrapartida do governo estadual e dos governos municipais.”, pontuou.

BRT atrasado

O Consórcio de empresas responsável pela obra no Trecho 1 do BRT (Norte-Sul), que fica entre os terminais Isidória e Cruzeiro, na região Sul de Goiânia, desistiu do contrato. O consórcio cumpriu, até o momento, 8% da obra. O aumento de preços de materiais usados na obra teria sido o motivo da descontinuidade do contrato.

Conforme disse o prefeito, as empresas envolvidas no Consórcio ainda não se reuniram com a prefeitura para assinar o Distrato. Só após a assinatura será feito um novo processo de licitação.

Questionado sobre mais um motivo de atrasos na obras, o prefeito disse que este trecho específico do BRT não tinha previsão definida de inauguração. “O que seria inaugurado no aniversário de Goiânia seria o Trecho 2, lado Norte do BRT. Mas houve complicações por causa de chuva. Agora, o Trecho 1 ainda não tinha data programada de inauguração”, afirmou.

Obras atrasadas em Goiânia

Na coletiva de imprensa, o prefeito foi questionado sobre outras obras, vindas da gestão municipal anterior, que ainda não foram entregues. Por exemplo, nas avenidas Jamel Cecílio, Perimetral Norte e Leste-Oeste.

Segundo ele, os atrasos, tanto no BRT quanto nas demais obras, se dão pela forma como a legislação sobre licitações é estruturada. “Por exemplo, quando o poder público vai licitar uma obra, tem que pegar, obrigatoriamente, o menor valor. Mas, às vezes, nós sabemos que o menor valor não tem condição alguma de fazer o que precisa ser feito”, apontou o prefeito

Rogério Cruz disse ainda que, em obras maiores na capital, muitas empresas estão pedindo aditivos do contrato, que devem respeitar o teto de 25%. “Mas sabemos que muitas delas não têm condições de concluir a obra. Só que, nesse caso, a prefeitura também não pode ir lá e assumir a obra. Tem que esperar um destrave, caso ela venha a assumir”, afirmou.

Reestruturação da Avenida Anhanguera

Uma liminar judicial responsabiliza o município de Goiânia pela manutenção do trecho percorrido pelos ônibus na Avenida Anhanguera. O Eixo Anhanguera pertence ao município de Goiânia, mas está cedido ao Estado, por meio da Metrobus. “Como ela está cedida ao estado, tivemos várias conversas com o governador Ronaldo Caiado para que pudéssemos apresentar ao Ministério do Desenvolvimento Regional pedido de verba para a restauração”. Segundo Cruz, a verba foi concedida e o custo da obra é em torno de R$ 60 milhões.

Segundo o prefeito, o trecho precisa de uma estrutura específica “São ônibus grandes e não podemos permitir que esses ônibus continuem circulando nessas vias, uma vez que elas se desgastam. Aquela via, por ter um transporte pesado, tem que ter camada concretada, típica para BRT. É feito um piso especial, concretado, e depois camada asfáltica por cima. É um valor muito alto. Pedimos esse apoio e conseguimos”, explicou.