Rogério Cruz vai à Comurg; CEI quer quebrar sigilo fiscal e bancário do presidente da companhia

Rogério Cruz vai à Comurg; CEI quer quebrar sigilo fiscal e bancário do presidente da companhia

No mesmo dia em que o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), reuniu-se com servidores da Companhia de Urbanização de Goiânia, vereadores integrantes da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga possíveis irregularidades na Comurg aprovaram requerimentos para novas oitivas, além de solicitação para quebra dos sigilos fiscal e bancário do atual presidente, Alisson Silva Borges.

Na manhã desta segunda-feira, 12, durante café com servidores da empresa no ponto de apoio do Jardim Curitiba IV, Rogério Cruz afirmou “que tem o compromisso de manter a companhia viável e em pleno funcionamento a serviço da cidade” e que “a gestão enfrenta problemas históricos”.

No encontro, o prefeito de Goiânia também falou de medidas adotadas para resolver gargalos da Comurg. O presidente Alisson Borges, que participou do café da manhã, disse, por sua vez, que aquela reunião também serviria para Rogério Cruz levar tranquilidade aos servidores – a companhia, vale lembrar, além de estar no centro de uma comissão de inquérito, é alvo de inúmeras queixas da população em função da coleta irregular do lixo.

Embora um fato não esteja vinculado ao outro e tudo possa ser tratado como uma infeliz coincidência, horas depois a CEI aprovou os requerimentos citados anteriormente, todos apresentados pelo presidente da comissão, o vereador Ronilson Reis (sem partido).

Serão intimados pra prestar esclarecimentos nas sessões da CEI desta terça, 13, e quarta-feira, 14, Paulo César Pereira, ex-presidente da Agência de Regulação de Goiânia (ARG), e Valter Manoel dos Santos, chefe da Oficina da Comurg.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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