Roller rebate Marconi: “Quem perseguiu o PSDB foi o eleitor, que não aceita mais essas práticas”

O secretário de Governo Ernesto Roller definiu Marconi Perillo (PSDB) na tarde deste sábado, 05, como um ex-governante de visão turva, incapaz de assumir os próprios erros. Em entrevista à Rádio Sagres, o auxiliar do governador Ronaldo Caiado (DEM)  rebateu a acusação de que a atual gestão persegue os antecessores, apontando que isso é discurso para ganhar holofotes. “Quem perseguiu o PSDB, na verdade, foi o eleitor, que não aceita mais as práticas realizadas no governo desse cidadão.”

“Há uma rejeição por parte da população, que deixou claro: Nós não queremos vocês”, complementou. Roller pontuou que Marconi viveu, muito tempo, em uma bolha de poder que o impediu de enxergar o óbvio. “A derrocada do PSDB vem das ações praticadas por ele, que chegaram a levá-lo à prisão”, afirmou, em relação à Operação Cash Delivery da Polícia Federal, realizada em 2018. Na ocasião, o ex-governador foi preso suspeito de receber propina em campanhas eleitorais. Ele tinha sido  nas urnas daquele ano, quando disputou o Senado. 

Roller declarou que as práticas obscuras de Marconi à frente do Estado tem respaldos até hoje, uma prova sendo a eleição de 2020. “O PSDB em Goiás é um partido que tem como grande líder o ex-governador, rejeitado pela população pelos seus erros durante todos esses anos. Esse desgaste tende a sempre estar presente na cabeça do eleitor.” 

O secretário de Governo opinou que Marconi é “uma figura que ficou nas páginas da história”, e que Goiás vive um novo momento. Acrescentando que tendência de queda dos tucanos, deve ocorrer nas próximas eleições. “O destino do PSDB em 2022 não será diferente. Cada vez mais, uma redução da sua presença na vida pública no Estado de Goiás.”  

Questionado sobre uma comparação entre os governos de Marconi e Caiado, Roller afirmou se tratar de uma tentativa infeliz e absurda. Ele afirmou que são momentos economicamente distintos, o que reflete nas ações do Estado. Sendo, “um governo com má gestão do dinheiro público e corrupção”. E outro, “um que vive reflexos do endividamento”, mas que, ainda assim, “é transparente, realizador e cumpre suas obrigações, apesar das dificuldades”.

Foto: Reprodução

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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