“É tudo farinha do mesmo saco”, diz Ronaldo sobre eleição na CBF
O ex-jogador Ronaldo Fenômeno criticou a eleição da CBF e afirmou que na eleição todos são “farinha do mesmo saco”. Em entrevista ao canal BandSports, Ronaldo questionou o estatuto da Confederação Brasileira de Futebol. O jogador encontra-se na Itália, acompanhando o GP de Emilia-Romagna. “Se não mudar o estatuto, essa palhaçada vai continuar. Muda a página, mas o livro é o mesmo. É tudo farinha do mesmo saco”, reclamou.
Ronaldo, campeão mundial pela Seleção Brasileira, expressou a necessidade de uma reforma importante na entidade. Ele apontou um momento temerário, destacando a concentração de poder nas mãos dos 27 presidentes de federações como um obstáculo para mudanças significativas. O ex-jogador lamentou a situação do futebol brasileiro, enfatizando que uma reforma poderia trazer esperança de voltar a vencer títulos e reconectar a Seleção Brasileira com os torcedores. Entretanto, ele ressaltou que sem mudanças estruturais, escândalos e corrupção continuarão a prevalecer.
Em março, Ronaldo buscou o apoio das federações estaduais para se candidatar ao cargo máximo da entidade, mas enfrentou a rejeição de 23 das 27 federações. Diante da falta de apoio mínimo necessário, Ronaldo não foi candidato, e Ednaldo Rodrigues foi aclamado. No entanto, a situação mudou com a intervenção da justiça, que invalidou o estatuto de 2022, estabelecendo a regra de 2017, que exige apoio de 8 federações e 5 clubes para o lançamento de uma chapa.
Fernando Sarney foi escolhido como interventor e convocou novas eleições para o dia 25 de maio. Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol, confirmou sua candidatura e conta com o apoio de 32 clubes das séries A e B. Já Samir Xaud, presidente da Federação Roraimense de Futebol, aparentemente tem o apoio de 22 federações, sendo considerado outro candidato à vaga. Contudo, sem o apoio necessário, não será possível inscrever uma chapa, o que levaria à aclamação de um candidato único, prática que não ocorre na CBF desde 1989.
Ronaldo descartou qualquer possibilidade de concorrer à presidência da CBF, enfatizando a necessidade de mudança na estrutura de poder da entidade. Enquanto o poder permanecer concentrado nas mãos dos 27 presidentes de federações, a perspectiva de transformação no cenário do futebol brasileiro permanece incerta. Com os desafios e obstáculos evidenciados pelo processo eleitoral na CBF, a busca por uma governança mais transparente e representativa se torna essencial para o futuro do esporte no país.