Roraima: Garimpeiros atiram em policiais federais

Roraima: Garimpeiros atiram em policiais federais

No fim da tarde desta terça-feira, 11, uma  equipe de policiais federais foi atacada por disparos de arma de fogo quando  se preparava para deixar a comunidade indígena Palimiu, às margens do rio Uraricoera, em Roraima. De acordo com informações da Polícia Federal, os disparos partiram de uma embarcação de garimpeiros que passava pelo rio quando a equipe estava prestes a voltar para Boa Vista (RR).

A equipe atirou de volta contra os garimpeiros, de acordo com relato da assessoria de imprensa da Polícia Federal em Roraima. Não foi registrado feridos em nenhum dos lados.

Os policiais federais foram à comunidade depois do ataque de garimpeiros ilegais contra os yanomamis na segunda-feira, 10. Um vídeo da associação yanomamis mostra a chegada de uma lancha de garimpeiros, os disparos e a fuga de mulheres carregando seus filhos.

Conforme a Polícia Federal, não foram encontrados corpos no local, no entanto, os  indígenas mantêm a versão de que três garimpeiros morreram durante o tiroteio e foram levados por seus companheiros.

O presidente do Conselho de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana (Condisi-YY), Junior Hekurari Yanomami, declarou que além dos três garimpeiros que morreram na ação, outros cinco foram feridos.

Os policiais federais declararam que apenas um indígena foi atingido de raspão, sem gravidade, durante o conflito.

Os indígenas ainda apreenderam um garimpeiro que foi levado pela Funai à Superintendência da Polícia Federal na segunda-feira. Ele foi ouvido e liberado. De acordo com informações da Polícia Federal, ele estava indo do rio Uraricoera em direção ao garimpo quando foi abordado pelos indígenas. Logo após, outra embarcação apareceu com não indígenas e começou a atirar.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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