Rota 2030 dará vantagem a veículos de maior eficiência energética, diz ministro

O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, disse hoje (5) que o novo regime automotivo do país – Rota 2030 – deverá dar vantagens a produtos com maior eficiência energética e pensados sob a ótica da sustentabilidade.

“As reduções dos impostos estão hoje baseadas na potência do motor e na forma como é movido, o tipo de combustível que usa. Queremos prestigiar a eficiência energética e a sustentabilidade”, afirmou, após participar de evento promovido pela montadora Ford, em São Paulo.

A nova política vai substituir o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores (Inovar-Auto). As ações anteriores, em especial as que tratam dos incentivos fiscais, foram condenadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC), que afirmou que o regime infringia as leis de livre comércio.

O Rota 2030 está sendo discutido por um grupo que reúne governo e iniciativa privada, com prazo até o final de maio para apresentar uma prévia do projeto. O cronograma, segundo o ministro, é para que em setembro comece a ser elaborado o marco legal da política. “A partir de setembro, vamos trabalhar na construção da parte legislativa, legal, do programa”, ressaltou.

Apesar dos problemas com o Inovar-Auto, Marcos Pereira disse que o regime teve sua importância ao tornar o Brasil um desenvolvedor e até exportador de tecnologia automotiva. “Acho que poderemos tirar coisas boas do Inovar-Auto. Tivemos mais de 100 inovações. Sem o incentivo deapesquisa, não conseguiríamos desenvolver as inovações”, afirmou.

O programa, que deverá vigorar por 13 anos, está sendo elaborado por pelos ministérios da Indústria e Comércio, Fazenda, Ciência e Tecnologia e Planejamento, além da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Fonte: Agência Brasil

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Anvisa atualiza regras sobre implantes hormonais

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (22) no Diário Oficial da Uniãoresolução que atualiza as regras sobre o uso de implantes hormonais, popularmente conhecidos como chips da beleza. O dispositivo, segundo definição da própria agência, mistura diversos hormônios – inclusive substâncias que não possuem avaliação de segurança para esse formato de uso.

A nova resolução mantém a proibição de manipulação, comercialização e uso de implantes hormonais com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos para fins estéticos, ganho de massa muscular ou melhora no desempenho esportivo. O texto também proíbe a propaganda de todos os implantes hormonais manipulados ao público em geral.

“Uma novidade significativa dessa norma é a corresponsabilidade atribuída às farmácias de manipulação, que agora podem ser responsabilizadas em casos de má prescrição ou uso inadequado indicado por profissionais de saúde. Essa medida amplia a fiscalização e promove maior segurança para os pacientes, exigindo mais responsabilidade de todos os envolvidos no processo”, disse em nota Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbenm).

“É importante destacar que essa nova resolução não significa aprovação do uso de implantes hormonais nem garante sua segurança. Ao contrário, reforça a necessidade de cautela e soma-se à resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), que já proibia a prescrição de implantes sem comprovação científica de eficácia e segurança”, destacou a nota.

Entenda

Em outubro, outra resolução da Anvisa havia suspendido, de forma generalizada, a manipulação, a comercialização, a propaganda e o uso de implantes hormonais. À época, a agência classificou a medida como preventiva e detalhou que a decisão foi motivada por denúncias de entidades médicas como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) que apontavam aumento no atendimento de pacientes com problemas.

Na avaliação da Sbem, a nova resolução atende à necessidade de ajustes regulatórios em relação a publicação anterior. A entidade também avalia a decisão de proibir a propaganda desse tipo de dispositivo como importante “para combater a desinformação e proliferação de pseudoespecialistas, sem o conhecimento médico adequado, comuns nas redes sociais”.

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