Rotam desarticula mais uma quadrilha especializada em explosões de agências bancárias

Policiais militares da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) desarticularam no último sábado (16), em Aparecida de Goiânia, mais uma associação criminosa especializada em explosões de agências bancárias. É a quarta quadrilha que atuava neste tipo de crime detida pelas forças policiais em 2019.

A ação foi realizada após uma denúncia de que a quadrilha estaria escondida em uma casa no Setor Mansões Paraíso. No local, dois homens reagiram à abordagem, dispararam contra os policiais e acabaram mortos. Outros três suspeitos acabaram presos. Um deles teria assassinado um policial há quase quatro anos.

Todos os suspeitos vieram do Pará e se preparavam para atacar agências bancárias em Goiás. Há, ainda, a suspeita de que os cinco integravam facção criminosa de São Paulo, com ramificações em outros estados.

Conforme apurado pela Polícia Militar, o grupo também atuava no tráfico de drogas. Na casa, foram encontrados mais de 200 quilos de maconha, além de materiais usados em explosões de caixas eletrônicos, como cordel detonante, explosivos e estopins hidráulicos. Também foram apreendidas duas armas de fogo e munições.

Segundo o secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, todas as forças policiais goianas estão preparadas para enfrentar a criminalidade. “Nossos policiais são altamente qualificados e estão trabalhando para evitar nos crimes. Ataques de banidos serão respondidos à altura”, afirma.

 

Quadrilhas desarticuladas

Na última semana, a Rotam também impediu que outra associação criminosa atacasse uma agência do Banco do Brasil, em Aparecida de Goiânia. Também em fevereiro, uma operação integrada entre as polícias Civil e Militar deteve uma quadrilha que atacava caixas eletrônicos na região do Entorno do Distrito Federal.

Em janeiro, em outra ação integrada, as duas forças policiais prenderam nove suspeitos de ataques a bancos de Goianésia, Morrinhos e Nova Crixás. “Os policiais goianos são exemplos de dedicação e empenho. São homens e mulheres que merecem nosso total respeito”, afirmou o governador Ronaldo Caiado, na apresentação dos suspeitos.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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