Na Argentina, ocorreu um rompimento de poder entre o presidente Javiei Milei e sua vice-presidente, Victoria Villarruel, que também é presidente do Senado. Em uma entrevista na noite de quarta-feira (20/11), Milei expôs que Victoria não participa das reuniões ministeriais, não tem influência e não toma parte nas decisões do governo. Segundo ele, a vice está mais próxima da “casta”, representando a “velha política” combatida por ele, do que da administração em si. A relação entre eles se deteriorou, com Victoria sendo associada ao “círculo vermelho”, termo utilizado por Milei para descrever seus adversários de esquerda.
O distanciamento entre Javiei Milei e Victoria Villarruel ficou evidente na última foto deles juntos, durante um desfile militar no dia 9 de Julho, data histórica na Argentina. A situação se agravou com Milei demitindo a chanceleira após ela votar a favor de Cuba na ONU. Milei compartilha as decisões federais com sua irmã, Karina Milei, que ocupa o cargo de secretária-geral da Presidência.
Como presidente do Senado, Victoria Villarruel desempenha um papel importante, pois o governo não possui maioria dos votos para aprovação de seus projetos, tanto no Senado quanto na Câmara dos Deputados. Neste sentido, é comum que o vice cumpra o papel de negociador com os senadores e possua o voto de minerva nas votações. No entanto, com o rompimento entre Milei e Victoria, essa dinâmica pode sofrer alterações significativas.
A relação conturbada entre Javiei Milei e Victoria Villarruel também ganhou destaque internacional, com eventos como a presença de Milei em encontros com figuras políticas como Trump e Macron. O cenário político argentino segue turbulento, com as mudanças de alianças e o embate entre diferentes correntes ideológicas. O futuro da relação entre Milei e Victoria permanece incerto, mas as consequências desse rompimento podem impactar diretamente a governabilidade do país.
Em resumo, a ruptura de poder entre Javiei Milei e Victoria Villarruel na Argentina expõe as tensões políticas existentes no país e coloca em evidência a fragilidade das alianças políticas no cenário atual. O embate entre a “velha política” e as novas propostas de governança representa um desafio para a estabilidade política e a capacidade de implementação de projetos no país. O desfecho dessa disputa poderá ter repercussões significativas no futuro da Argentina e na condução do governo.