O Conselho da Cidade de Mariupol informou neste domingo (20) que a Rússia bombardeou uma escola de arte onde aproximadamente 400 moradores estavam abrigados. O prédio da escola G12 teria sido destruído e as pessoas estariam sob os escombros.
Entre as vítimas havia crianças, mulheres e idosos, conforme as autoridades da Ucrânia. Ainda de acordo com autoridades locais, os bombardeios a Mariupol teriam destruídos prédios e deixado a cidade sem energia, água e aquecimento.
Equipes de resgate ucranianas ainda buscam sobreviventes em um teatro que teria sido arrasado por ataques aéreos russos na última quarta-feira (16), mas a Rússia nega o ataque. “Na semana passada, vários milhares de moradores de Mariupol foram deportados para o território russo”, disse o conselho da cidade em comunicado em seu canal Telegram na noite deste sábado (19).
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse que o cerco a Mariupol é um crime de guerra, mas que as negociações de paz com a Rússia são necessárias.
“Fazer isto a uma cidade pacífica… é um terror que será relembrado durante séculos”, disse Volodymyr Zelensky, sobre os ataques à cidade portuária. Zelenskiy afirmou que a ação da Rússia em Mariupol foi “um terror que será lembrado por séculos”, enquanto as autoridades locais disseram que milhares de moradores foram levados à força através da fronteira. Agências de notícias russas disseram que ônibus transportaram centenas de pessoas que Moscou chama de “refugiados” de Mariupol para a Rússia nos últimos dias.
Muitos dos 400 mil moradores de Mariupol estão presos há mais de duas semanas enquanto a Rússia tenta assumir o controle da cidade, o que ajudaria a garantir um corredor terrestre para a península da Crimeia que Moscou anexou da Ucrânia em 2014. (com informações de O Globo)