Rússia confirma disparo de míssil hipersônico contra a Ucrânia

Os militares russos confirmaram neste sábado (19) que usaram míssil hipersônico Kinzhal de última geração para destruir um depósito de armas perto da cidade de Ivano-Frankivsk, no oeste da Ucrânia.

O ataque com o sistema de mísseis lançado do ar ocorreu nesta sexta-feira (18), disse o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konashenkov, durante um briefing.

O alvo era “um grande depósito subterrâneo de mísseis e munições aéreas das forças ucranianas” na vila de Deliatyn, acrescentou.

Kinzhal, que significa ‘punhal’ em inglês, foi usado pelos militares russos pela primeira vez desde o início do conflito ucraniano em 24 de fevereiro.

Diz-se que essas munições são capazes de penetrar em qualquer defesa aérea existente, viajando a uma velocidade enorme de até Mach 10 e manobrando constantemente durante o voo.

Os mísseis Kinzhal são transportados por aeronaves interceptoras supersônicas MiG-31K, que a OTAN chama de ‘Foxhound’.

O hardware é um dos vários sistemas hipersônicos preparados para os militares do país nos últimos anos, juntamente com o planador Avangard, que é instalado em ICBMs baseados em silos, e mísseis Zircon (Tsirkon), desenvolvidos para a marinha.

Moscou enviou suas tropas para a Ucrânia no mês passado após um impasse de sete anos sobre o fracasso de Kiev em implementar os termos dos acordos de Minsk e o eventual reconhecimento da Rússia das repúblicas separatistas de Donbass de Donetsk e Lugansk. Os protocolos mediados pela Alemanha e pela França foram projetados para regularizar o status dessas regiões dentro do estado ucraniano.

A Rússia agora exigiu que a Ucrânia se declare oficialmente um país neutro que nunca se juntará ao bloco militar da OTAN liderado pelos EUA. Kiev insiste que a ofensiva russa foi completamente espontânea e negou as alegações de que planejava retomar as duas repúblicas pela força. (rt.com)

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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