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Rússia dá ultimato à Ucrânia para acabar com a guerra

Última atualização 24/02/2022 | 16:58

Moscou está disposta a negociar os termos de rendição com Kiev em relação à ofensiva militar russa em andamento atualmente na Ucrânia, disse o secretário de imprensa do Kremlin, Dmitry Peskov, nesta quinta-feira (24).

De acordo com Peskov, o presidente russo, Vladimir Putin, expressou sua disposição de se engajar em discussões com o presidente ucraniano, com foco na obtenção da garantia do status de neutralidade e na promessa de não ter armas em seu território.

São termos que, segundo Peskov, possibilitariam a realização da desmilitarização e desnazificação da Ucrânia, e eliminariam o que a Rússia atualmente vê como uma ameaça à segurança de seu Estado e de seu povo.

“O presidente formulou sua visão do que esperaríamos da Ucrânia para que os chamados problemas de ‘linha vermelha’ fossem resolvidos. Este é um status neutro e isso é uma recusa em implantar armas”, esclareceu Peskov.

O secretário de imprensa acrescentou que Putin determinará o momento das negociações, mas garantiu que a Rússia só se envolverá “se a liderança da Ucrânia estiver pronta para falar sobre isso”.

“A operação tem seus objetivos – eles devem ser alcançados. O presidente disse que todas as decisões foram tomadas e os objetivos serão alcançados”, continuou Peskov, sugerindo que, se Kiev concordasse em atender às demandas, o atual ataque militar à Ucrânia poderia ser cancelado.

Nas primeiras horas da manhã de quinta-feira, Putin instigou uma “operação especial” na Ucrânia, com o suposto objetivo de “garantir a paz” nas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk, na região de Donbass.