A Rússia prendeu um agente ucraniano suspeito de ter conexão com uma explosão que resultou na morte do general russo Yaroslav Moskalik, na última sexta-feira (25). As autoridades russas relataram que o homem preso é descrito como um “agente de serviços especiais ucraniano” e teria adquirido o veículo que explodiu em Balashikha, uma cidade localizada a menos de 32 quilômetros a leste de Moscou, de acordo com informações da TASS, agência de notícias russa, citando o Serviço Federal de Segurança da Rússia. A nacionalidade do suspeito não foi confirmada, mas o FSB informou que ele possui permissão de residência na Ucrânia.
O FSB também o acusou de ter colocado um dispositivo explosivo no carro, embora tenha afirmado que a detonação ocorreu na Ucrânia. Imagens publicadas pela TASS mostraram componentes eletrônicos e partes carbonizadas do veículo. O Comitê Investigativo da Rússia inicialmente declarou que a explosão foi causada por um artefato explosivo improvisado carregado de estilhaços.
O general russo Yaroslav Moskalik ocupava a função de vice-chefe da Direção Principal de Operações do Estado-Maior General das Forças Armadas da Rússia. Segundo o influente blog militar russo Rybar, Moskalik não estava dentro do veículo Volkswagen quando este explodiu, mas estava próximo a ele após sair de um edifício próximo. Fotografias divulgadas pelas autoridades russas parecem mostrar o suspeito dirigindo um Volkswagen verde escuro com placas que coincidem com as encontradas no local da explosão.
Após a detenção do suspeito, foram divulgadas imagens dele sendo conduzido em uma van e retratado como recrutado pelos serviços especiais da Ucrânia. Ainda não está claro se sua confissão foi feita sob qualquer tipo de coerção. Nenhuma organização ou indivíduo declarou a autoria da explosão até o momento. Contatos com o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia foram feitos para obter esclarecimentos sobre qualquer possível relação do suspeito com o país.
O general Moskalik foi morto no mesmo dia em que o enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, se encontrou com o presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou para discutir as iniciativas para encerrar o conflito na Ucrânia. Após a reunião, o presidente norte-americano, Donald Trump, expressou otimismo sobre a possibilidade de um acordo. No entanto, o dia seguinte trouxe dúvidas sobre a disposição de Putin em encerrar a guerra, especialmente após um encontro entre Trump e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky no Vaticano, durante o funeral do Papa Francisco, onde Trump levantou a questão de impor novas sanções à Rússia.
Este incidente trágico destaca a complexidade das relações internacionais e a tensão crescente entre as diferentes nações. As investigações continuam para esclarecer os detalhes e responsabilidades envolvidos na explosão que resultou na morte do General Yaroslav Moskalik, enquanto a busca por soluções diplomáticas para conflitos segue em curso.