Rússia registra recorde diário de mortes e casos positivos de Covid-19

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A Rússia registrou um recorde diário de novos casos e de mortes pela Covid-19 nas últimas 24 horas. O país está sendo atingido com força na volta da pandemia devido à lentidão na vacinação e às poucas restrições sanitárias em vigor.

Segundo o balanço do governo russo, nas últimas horas foram 31.299 casos e 986 mortes por causa do coronavírus. São número inéditos desde o início da pandemia no país. De acordo com o governo, até o momento, a Rússia acumula mais de 220.00 mortes por covid-19, embora os números reais sejam bem maiores.

O instituto de estatística Rosstat, que aplica método mais amplo na contagem de óbitos pela covid-19, afirma que o total passa de 400.00.

A cidade mais afetada nas últimas horas foi a capital Moscou, com 6.712 novos casos e 72 mortes, seguida pela cidade de São Petersburgo.

Mikhail Murashko, ministro da Saúde, considerou que a culpa por toda a situação é do ”comportamento da população e da vacinação”, que avança muito lentamente, apesar de haver várias vacinas nacionais.

“Temos que parar com isso, fazendo esforços conjuntos”, pediu. Restrições sanitárias severas estão desconsiderada para não paralisar a economia.

Rússia se encontra em 5º lugar no rank de casos, ficando atrás do México, Índia, Brasil e EUA.

Covid-19 no Brasil

Na quarta-feira (14), o Brasil registrou 176 óbitos pela doença e 7.852 casos confirmados nas últimas 24 horas.

De acordo com o Ministério da Saúde, até o momento foram aplicadas mais de 249 milhões de doses no Brasil. Dessas, mais de 97 milhões já receberam as duas doses ou a dose única.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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