Sá Pinto chama Benítez de “vagabundo” e diz que Castán estava “morto” no Vasco
Em entrevista ao canal Expresso 1923, o técnico português relembra sua campanha no Brasileirão de 2020 e se defende das críticas: “Milagreiro eu não sou”. Durante a conversa, Sá Pinto aborda sua passagem pelo comando do Vasco em 2020, analisando o elenco daquela época e fazendo diversas considerações. Segundo ele, o meia Benítez era rotulado como “vagabundo” por seu comportamento errático, enquanto Castán estava fisicamente “morto”. Além disso, ele culpa a pandemia de Covid-19 e a falta de reforços pelo insucesso no clube.
Ao falar sobre a composição da equipe, Sá Pinto expressa sua insatisfação em relação aos jogadores que tinha à disposição. Ele destaca a importância de atletas como Cano, Talles Magno e Henrique, pontuando as deficiências defensivas de alguns integrantes do elenco. O treinador montou uma estratégia visando potencializar o desempenho de seus jogadores mais habilidosos, mas enfrentou dificuldades para repetir a escalação devido aos desafios impostos pela pandemia e pela falta de continuidade.
Durante a entrevista, Sá Pinto revela sua mágoa em relação a Leandro Castán, que teria feito declarações negativas sobre o treinador após sua saída do clube. O português se sente traído pelo capitão e lamenta a falta de apoio em um momento tão delicado para a equipe. Castán e outros jogadores do elenco rebaixado à Série B contestaram as escolhas táticas de Sá Pinto, alegando falta de compreensão do treinador em relação ao grupo.
Em defesa de seu trabalho, Sá Pinto compara sua gestão no Vasco com a do técnico Vanderlei Luxemburgo, que assumiu o comando da equipe após sua saída, mas não conseguiu evitar o rebaixamento. O treinador português alega que as circunstâncias adversas, como a pandemia, os problemas financeiros e a falta de suporte, foram determinantes para os resultados negativos. Ele pontua a dificuldade de criar um ambiente propício para o crescimento da equipe diante de tantas adversidades.
A dura realidade vivenciada por Sá Pinto é evidenciada em seu relato sobre as condições precárias em que trabalhou. Sem recursos financeiros adequados, o treinador afirma não ter recebido salário por vários meses e relata casos de jogadores sem condições básicas de sobrevivência. Apesar das dificuldades, Sá Pinto enfatiza sua dedicação e comprometimento com a equipe, lamentando a falta de resultados positivos.
A saída conturbada do treinador do clube é citada como um episódio doloroso para Sá Pinto, que se sentiu desamparado pelos jogadores em um momento crucial. Ele relembra um confronto específico contra o Athletico-PR, onde suas orientações não foram seguidas pelos atletas, resultando em uma derrota significativa. O técnico destaca a importância da coesão e do respeito às suas instruções por parte dos jogadores para alcançarem melhores resultados.
Ao compartilhar sua experiência no comando do Vasco, Sá Pinto ressalta a complexidade do ambiente em que estava inserido e os desafios que enfrentou ao longo de sua passagem pelo clube. Apesar das controvérsias e das críticas recebidas, o treinador mantém sua integridade e reforça sua posição de que, diante das adversidades, não é possível realizar milagres. Sua história no Vasco é marcada por lutas constantes e pelo enfrentamento de obstáculos que ultrapassam os limites do campo de jogo.